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Levy fica onde está, diz Dilma na Turquia

A presidente defendeu a aprovação da nova Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF) pelo Congresso Nacional


	Dilma Rousseff: “Ele [Levy] é um grande servidor público, que tem compromisso com a estabilidade do país", disse a presidente
 (Lula Marques/ Agência PT/Fotos Públicas)

Dilma Rousseff: “Ele [Levy] é um grande servidor público, que tem compromisso com a estabilidade do país", disse a presidente (Lula Marques/ Agência PT/Fotos Públicas)

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Da Redação

Publicado em 16 de novembro de 2015 às 13h55.

A presidenta Dilma Rousseff afirmou hoje (16) que o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, continuará no cargo.

Em entrevista à imprensa após participar da Cúpula do G20, na Turquia, Dilma disse que, apesar de ter enorme respeito pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, discorda das críticas dele ao ministro.

“Ele [Levy] é um grande servidor público, que tem compromisso com a estabilidade do país. Acho nocivas as especulações [sobre a saída do ministro do cargo], pois me obrigam a vir a público dizer que ele fica onde está.”

A presidenta defendeu a aprovação da nova Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF) pelo Congresso Nacional.

“Temos sido acusados de termos feito excessiva desoneração fiscal e subsídio de juros, e que isso levou ao desequilíbrio orçamentário. Fizemos grande esforço de reequilíbrio fiscal. Agora vai requerer de nós, além da redução de despesas, a consciência, a responsabilidade para aprovar a CPMF. Vamos ter que discutir com a sociedade brasileira, pois [a volta da CPM] é fundamental para sair da crise. Eu acredito que o Brasil vai ter de enfrentar este fato. É fundamental que se aprove”, afirmou.

Terrorismo

Na entrevista, Dilma também falou sobre os atentados terroristas em Paris. “O terrorismo deve ser combatido por todos os países do G20. É a anticivilização, é contra valores morais”.

A presidenta defendeu que o Congresso brasileiro aprove a Lei Antiterrorismo, embora o país não esteja no centro da questão. O texto tramita no Senado.

Dilma afirmou que os outros representantes do G20 não demostraram grande preocupação com a segurança nos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro 2016, mas que não se deve tratar o Brasil como “totalmente protegido e afastado” do terrorismo.

A presidenta disse que o terrorismo tem diversas causas, como a xenofobia e o preconceito.

“Não podemos ligar o terrorismo a uma religião. Ninguém pode tachar qualquer religião de ser patrocinadora de terrorismo. Na história, poucas [religiões] não tiveram atitudes violentas e de perseguição.”

Tragédia em Mariana

Ao comentar a tragédia em Mariana, a presidenta afirmou que o objetivo inicial é dar assistência às pessoas afetadas pelo rompimento de duas barragens de rejeitos da mineradora Samarco no distrito de Bento Rodrigues, no dia 5 deste mês.

Segundo Dilma, amanhã (17) haverá uma reunião com um grupo de gestão criado para propor ações de reconstrução e recuperação tanto da bacia quanto dos afluentes do Rio Doce, atingido pelo rio de lama com rejeitos de mineração.

O grupo tem participação de diversos setores, entre eles ministros, representantes dos governos locais e do Ministério Público. “Não vai ser resolvida [a recuperação do rio] em um, nem dois, nem três anos”, disse ela.

Mudanças climáticas

Em relação às mudanças climáticas, Dilma afirmou que o desafio é encontrar um entendimento entre países em diferentes estágios de desenvolvimento, mas reiterou que o Brasil tem uma posição clara e objetiva dos objetivos até 2030.

“São necessários o financiamento e a transferência de tecnologias para se viabilizar a adoção de ações de mitigação”.

A presidenta embarcou às 12h30 para o Brasil e deve chegar a Brasília por volta da meia-noite.

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