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Léo Pinheiro entrega notas de suposto caixa 2 pago ao PMDB

Ex-presidente da OAS Léo Pinheiro entregou notas fiscais e comprovantes de transferências de caixa 2 para campanha de Vital do Rêgo, do PMDB da Paraíba


	Léo Pinheiro: pagamento teria sido feito em troca de "proteção" a empreiteiros em CPIs da Petrobrás presididas por Vital
 (Luis Macedo/Câmara dos Deputados)

Léo Pinheiro: pagamento teria sido feito em troca de "proteção" a empreiteiros em CPIs da Petrobrás presididas por Vital (Luis Macedo/Câmara dos Deputados)

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Da Redação

Publicado em 5 de outubro de 2016 às 09h30.

São Paulo - O ex-presidente da OAS Léo Pinheiro entregou ao juiz Sérgio Moro notas fiscais e comprovantes de transferências da empreiteira para uma construtora no interior da Paraíba que, segundo ele, foram utilizadas para lavar R$ 1,5 milhão de caixa 2 para a campanha do hoje ministro do Tribunal de Contas da União Vital do Rêgo (PMDB) ao governo daquele Estado em 2014.

"Parte desta quantia (R$ 1,5 milhão, segundo o empreiteiro) foi utilizada para viabilizar o pagamento da mencionada parcela da vantagem indevida", diz a defesa de Pinheiro. O pagamento teria sido feito em troca de "proteção" a empreiteiros em CPIs da Petrobrás presididas por Vital.

Segundo Pinheiro, o repasse a Vital foi parte dos R$ 2,5 milhões que a OAS teria pago ao PMDB como parte do acerto. Pinheiro apresentou nove notas e três comprovantes de transferência e depósito nas contas da construtora Planície.

Vital informou que não recebeu recursos da Planície para campanha e "jamais negociou" valores relacionados a doações ilícitas. O PMDB disse desconhecer a delação de Pinheiro. A Planície afirmou que não conhece o ex-presidente da OAS e que os serviços descritos nas notas "podem ser comprovados por meio de documentação própria".

Na terça-feira, 4, o ministro Teori Zavascki, relator da Lava Jato no Supremo Tribunal Federal, determinou a abertura de mais um inquérito contra o também peemedebista Valdir Raupp (RO).

O processo apura denúncias do delator Fernando Baiano - apontado como operador do PMDB no esquema na Petrobrás - de que o senador teria cobrado doações em troca de contratos da estatal. Raupp negou a acusação e chamou a delação de "mentirosa e grotesca".

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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