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Leilão de transmissão deve gerar investimentos de R$ 8,7 bi

O leilão de transmissão é para a construção, operação e manutenção de 4.919 km de linhas de transmissão e subestações

Leilões: a expectativa de investimentos é de R$ 8,7 bilhões e geração de 17.868 empregos diretos (Dado Galdieri/Bloomberg)

Leilões: a expectativa de investimentos é de R$ 8,7 bilhões e geração de 17.868 empregos diretos (Dado Galdieri/Bloomberg)

AB

Agência Brasil

Publicado em 15 de dezembro de 2017 às 18h21.

O leilão da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) realizado hoje (15) na empresa B3, antiga BM&F Bovespa, na capital paulista, terminou com 11 lotes arrematados em 10 estados brasileiros (Bahia, Ceará, Minas Gerais, Pará, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte e Tocantins). A expectativa de investimentos é de R$ 8,7 bilhões e geração de 17.868 empregos diretos.

O leilão de transmissão é para a construção, operação e manutenção de 4.919 km de linhas de transmissão e subestações com capacidade de transformação de 10.416 mega-volt-amperes (MVA) nos estados.

O consumidor também poderá sentir melhorias no bolso, afinal vencem o leilão as empresas que ofertarem o menor valor de Receita Anual Permitida (RAP). Segundo o governo, isso deve refletir no custo da energia. Participaram da concorrência 47 empresas/consórcios. Na média, o deságio foi de R$ 40,46%.

O primeiro lote, composto pelas instalações no estado do Paraná, foi arrematado pelo Consórcio Engie Brasil Transmissão, de origem franco-belga, por R$ 231.275 milhões, deságio de 34,80%. Concorreram neste lote quatro empresas.

Venceu a disputa pelo segundo lote, referente às linhas no estado do Piauí e Ceará, a empresa de origem espanhola Celeo Redes Brasil S.A., por R$ 85.271 milhões, deságio de 53,21%. O lote foi disputado por 12 concorrentes.

A empresa indiana Sterlite Power Grid Ventures Limited arrematou o terceiro lote, pelas instalações no estado do Pará e Tocantins, por R$ 313.100 milhões, deságio de 35,72%. Foram cinco lotes concorrendo este lote.

O quarto lote, pelas instalações no estado do Tocantins e Bahia, foi arrematado pela brasileira Neoenergia S.A., por R$126 milhões e deságio de 46,62%. A disputa teve 10 empresas/consórcios.

Já o quinto lote, para as instalações também no Tocantins e na Bahia, foi arrematado por R$ 14.431 milhões pela Cesbe Participações S.A. com deságio de 53,94%. O lote foi concorrido por 19 grupos.

O sexto lote, pelas instalações no estado do Paraíba e Ceará, foi arrematado pela Neoenergia S.A., com deságio de 44,56% e valor de R$ 57.325 milhões. Deste lote participaram 14 grupos.

O sétimo lote, para as instalações no estado de Minas Gerais, foi vencido pela brasileira Construtora Quebec S.A., pelo valor de R$ 32. 600 milhões, deságio de 34,65%. A disputa teve nove empresas/consórcios.

O Consórcio Linha Verde, brasileiro, arrematou o oitavo lote, também por instalações em Minas Gerais, por R$ 32.978 milhões e deságio de 35,50%. Estiveram na disputa oito grupos.

A disputa pelo nono lote, composto por instalações no estado da Bahia, foi vencida pelo EEN Energia e Participações S.A., por R$9.090.608 milhões, deságio de 47,86%. Disputaram este lote 17 empresas.

O décimo lote, para instalações em Pernambuco, foi arrematado pela Consórcio Br Energia/Enind Energia, com deságio de 40% e valor de R$ 7.285 milhões. A disputa teve 18 participantes.

O último lote, também para linhas Pernambuco, foi vencido pela Montagno Construtora Ltda, por R$ 4.030 milhões e deságio de 52,91% O décimo primeiro lote foi disputado por 21 propostas.

O leilão está incluído entre os empreendimentos do Programa de Parcerias de Investimentos. Os prazos para entrada em operação comercial variam entre 36 e 60 meses.

Este é o segundo leilão de linhas de transmissão de energia realizado pelo Governo Federal em 2017. O primeiro foi em abril, quando foram arrematados 31 lotes, com investimento previsto de R$ 12,7 bilhões. Na média, o deságio foi de 36%. Mais de 20 empresas participaram do leilão.

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