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Lei que pune governo de Maduro avança no Congresso americano

Comitê americano aprovou projeto de lei bipartidário que impõe sanções contra alguns funcionários do governo do presidente Nicolás Maduro


	Nicolás Maduro: sanções são resposta aos protestos e à repressão na Venezuela
 (Jorge Silva/Reuters)

Nicolás Maduro: sanções são resposta aos protestos e à repressão na Venezuela (Jorge Silva/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 9 de maio de 2014 às 14h39.

Washington - O Comitê de Relações Exteriores da Câmara dos Representantes dos EUA aprovou nesta sexta-feira um projeto de lei bipartidário que impõe sanções contra alguns funcionários do governo do presidente Nicolás Maduro, em resposta aos protestos e a repressão vividas na Venezuela há três meses.

Este é o primeiro passo legislativo necessário para que o texto possa ser apresentado no plenário da Câmara.

Caso seja aprovado nessa instância, passaria para análise do Senado, onde já foi apresentada uma lei semelhante há algumas semanas, ainda não debatida.

A iniciativa legal, apresentada pela senadora pela Flórida Ileana Ros-Lehtinen, contou com o apoio de outros 14 representantes, seis deles democratas, e foi aprovado em uma votação a viva voz com só dois votos contra.

"O Comitê de Relações Exteriores atuou esta manhã com uma voz bipartidária, condenando as violações contra os direitos humanos que ocorrem na Venezuela", disse Ros-Lehtinen.

A aprovação da Lei de Proteção de Direitos Humanos e Democracia Venezuelana envia uma forte mensagem a Maduro de que o Congresso dos Estados Unidos "está ciente das atrocidades cometidas por seu regime, e que enfrentará as consequências", acrescentou.

"Agradeço meus colegas no comitê por apoiar a legislação e continuarei apoiando firmemente o povo da Venezuela em sua luta pela liberdade, pela democracia e pelo respeito aos direitos humanos", insistiu a legisladora cubano-americano.

O projeto de lei prevê a revogação de vistos e o congelamento de ativos nos Estados Unidos de vários funcionários venezuelanos considerados responsáveis de violação de direitos humanos e aplacar aqueles que informam sobre os protestos iniciadas em 12 de fevereiro.

Durante o debate no Comitê, o projeto só teve dois opositores, os democratas Gregory Meeks e Karen Bass, que argumentaram que o texto lembra ações do passado que geraram críticas de intervencionismo na América Latina e provocaram uma falta de confiança para os Estados Unidos.

O projeto foi aprovado em meio a expectativa da chegada na capital americana de centenas de venezuelanos exilados que pretendem se manifestar no Congresso e na Casa Branca para pedir ações contra o governo de Maduro.

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