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Lei pretende ampliar proteção às crianças vítimas de violência

O texto assegura à criança ou ao adolescente vítima de violência o direito de ser ouvido em local apropriado e acolhedor

Criança: os jovens também não terão contato, nem mesmo visual, com o acusado (BrianAJackson/Thinkstock)

Criança: os jovens também não terão contato, nem mesmo visual, com o acusado (BrianAJackson/Thinkstock)

AB

Agência Brasil

Publicado em 4 de abril de 2017 às 11h50.

O presidente Michel Temer anunciou que sancionará hoje (4) o Projeto de Lei (PL) 3792/15, que cria um sistema de garantias para crianças e adolescentes que sejam testemunhas ou vítimas de violência.

Temer participou nesta manhã da abertura do 9º Global Child Forum on South America, com a presença do casal real da Suécia, realizado na sede da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), na capital paulista.

"Em cada sociedade, as crianças devem ocupar um lugar especialíssimo, elas representam o futuro e a esperança. Ao mesmo tempo, são vulneráveis e precisam de proteção", disse.

O texto do PL, de autoria da deputada Maria do Rosário (PT-RS) e outros dez parlamentares, cria o depoimento especial que assegura à criança ou ao adolescente vítima de violência o direito de ser ouvido em local apropriado e acolhedor, com infraestrutura e espaços físicos que garantam sua privacidade.

Esses jovens também não terão contato, nem mesmo visual, com o acusado. As vítimas passam a ser acompanhados por profissionais especializados em saúde, assistência social e segurança pública. Será criado um serviço de atendimento para denúncias de abuso e de exploração sexual.

Fórum

O objetivo do Global Child Forum é atrelar os direitos das crianças aos princípios corporativos. Em seu discurso, o rei da Suécia, Carl XVI Gustaf, disse estar satisfeito com o governo brasileiro, que colocou os direitos das crianças no alto de sua pauta.

Segundo ele, o evento levantará reflexões entre os representantes das empresas que atuam no Brasil. "Ao realizar negócios, como garantir que os direitos das crianças sejam respeitados e o que as empresas podem fazer para integrar esses direitos ao cerne das suas operações", disse. "Queremos dar a todas as crianças oportunidades iguais", completou.

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