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Legislativo trabalhará com "naturalidade", diz Eunício Oliveira

Eunício reconheceu a gravidade da crise, mas defendeu que o Congresso toque as reformas trabalhista e previdenciária

Eunício Oliveira: "Não temos aqui uma pauta do governo, temos uma pauta de interesse do Brasil" (Divulgação/Agência Senado)

Eunício Oliveira: "Não temos aqui uma pauta do governo, temos uma pauta de interesse do Brasil" (Divulgação/Agência Senado)

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Reuters

Publicado em 23 de maio de 2017 às 15h57.

Última atualização em 23 de maio de 2017 às 15h59.

Brasília - O presidente do Senado e do Congresso Nacional, Eunício Oliveira (PMDB-CE), afirmou nesta terça-feira que o Legislativo vai trabalhar normalmente, a despeito da crise política que abalou a República na última semana, após a divulgação de áudio e delações de integrantes do grupo J&F implicando o presidente Michel Temer e importantes lideranças políticas.

Eunício reconheceu a gravidade da crise, mas defendeu que o Congresso toque as reformas trabalhista e previdenciária, as duas mais importantes medidas do governo em tramitação no Senado e na Câmara, respectivamente.

"Normalidade é a palavra que nós tínhamos que afirmar para vocês", disse o presidente do Senado a jornalistas.

"O Brasil não pode parar, temos que fazer as reformas que o Brasil precisa... se depender do presidente do Senado e do Congresso vamos ter ar de normalidade absoluta aqui."

"Eu sou presidente do Congresso Nacional e do Senado. Não temos aqui uma pauta do governo, temos uma pauta de interesse do Brasil", afirmou.

"Então eu vou tocar a pauta daqui do plenário com muita naturalidade, a CAE (Comissão de Assuntos Econômicos), as comissões estão em pleno funcionamento".

Eunício acrescentou que não há uma data inflexível para o calendário das reformas e que dependerá dos debates. Ele negou que eventuais atrasos no cronograma ou ainda a ausência de demais votações por conta do tenso clima político possam significar "derrota" ao governo.

As declarações de Eunício seguem a linha do discurso de outros governistas, que tentam minimizar os danos das denúncias da última semana para a agenda legislativa.

Até mesmo o relator da reforma trabalhista em duas comissões do Senado, Ricardo Ferraço (PSDB-ES), que na semana passada suspendeu o calendário de tramitação da proposta, busca retomar o andamento da matéria nesta terça, e tentará ainda nesta tarde formalizar a leitura de seu parecer na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado.

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