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Lázaro Barbosa morre após ser preso em Goiás, diz polícia

Polícia fez cerco em um bairro em Águas Lindas de Goiás onde mora uma ex-mulher do fugitivo

 (Polícia Civil/Agência Brasil)

(Polícia Civil/Agência Brasil)

Drc

Da redação, com agências

Publicado em 28 de junho de 2021 às 09h46.

Última atualização em 29 de junho de 2021 às 10h02.

Após 20 dias de uma megaoperação, Lázaro Barbosa, de 32 anos, foi morto pela polícia nesta segunda-feira, 28, depois de mais um confronto com agentes que integram a força-tarefa criada para procurá-lo. A informação da prisão foi divulgada pelo governador de Goiás Ronaldo Caiado e a morte foi confirmada pela polícia local.

"Como eu disse, era questão de tempo até que a nossa polícia, a mais preparada do País, capturasse o assassino Lázaro Barbosa. Parabéns para as nossas forças de segurança. Vocês são motivo de muito orgulho para a nossa gente! Goiás não é Disneylândia de bandido", disse Caiado em seu perfil do Twitter. 

Após ser baleado, Lázaro chegou a ser encaminhado para um hospital da região, mas não resistiu aos ferimentos. A troca de tiros foi em Itamaracá, em Águas Lindas de Goiás, região onde o criminoso estava sendo procurado desde a noite de domingo.

Nas últimas horas de buscas a Lázaro, a força-tarefa criada para prendê-lo concentrou-se num bairro de Águas Lindas de Goiás. Moradores do Setor Itamaracá afirmam ter visto o criminoso por volta das 21h deste domingo e chamaram a polícia. Lázaro ignorou uma tentativa de negociação feita pelos agentes para que se entregasse. Durante a madrugada, foi montado um cerco na região, com o apoio de helicópteros e cães farejadores.

Pela manhã, pouco depois das 8h, uma ex-mulher de Lázaro foi levada para a Delegacia Regional da Polícia Civil. Era na casa dela que o criminoso esteva, de acordo com testemunhas, quando chamaram a polícia. Lázaro teria escapado pela mata que fica nos fundos da residência. Também na manhã desta segunda, os policias da força-tarefa cumprem mandados judiciais.

Desde o dia 9 de junho, Lázaro Barbosa Sousa vem sendo protagonista de uma caçada que mobiliza 270 policiais, helicópteros, cães farejadores, drones e a cavalaria. Durante as buscas ao serial killer, que completam 20 dias, ele já passou por uma série de locais. A caçada começou em Cêilandia, no Distrito Federal, onde, segundo a polícia, o criminoso matou quatro pessoas de uma mesma família. De lá, ele seguiu para Cocalzinho de Goiás, onde foi visto na região rural de Edilândia e Girassol.

Durante esse período em que fugiu do cerco policial, Lázaro invadiu propriedades, fez reféns, trocou tiros com agentes e feriu pessoas — entre elas um policial. Muitos moradores da região onde acontecem as buscas, com medo, deixaram suas casas. A polícia acredita que o criminoso consiga comida em algumas dessas residências e as use como esconderijo.

Lázaro se aproveitou da mata fechada e dos rios e córregos para se movimentar. Ele teria, inclusive, predileção por se movimentar na água para não deixar rastros. Mateiro e caçador, o criminoso conhece bem a região e se escondeu na vegetação — já teria usado uma folha de coqueiro para se esconder e escapar de policiais.

Lázaro tem extensa ficha criminal, fugiu três vezes da prisão e é acusado de diversos crimes desde 2007. Ele é acusado de matar, a tiros e facadas, três pessoas na zona rural de Ceilândia no último dia 9 de junho. Os mortos eram Cláudio Vidal de Oliveira, de 48 anos, e os filhos Gustavo Marques Vidal, de 21 anos, e Carlos Eduardo Marques Vidal, de 15 anos.

O foragido também é apontado como responsável pelo sequestro da mulher de Cláudio, Cleonice Marques de Andrade. O corpo dela foi encontrado no dia 12 à beira de um córrego, próximo da casa onde a família morava.

Nascido na cidade baiana de Barra do Mendes, a 530 quilômetros de Salvador, Lázaro já respondeu, na cidade natal, a um processo por homicídio quando tinha 20 anos. Em 2011, já em Ceilândia, ele foi condenado por estupro e roubo com emprego de arma. Ele chegou a ser preso em 2018, em Águas Lindas de Goiás, mas fugiu do encarceramento poucos meses depois.

Perfil falso

O criminoso usou um celular roubado de uma de suas vítimas para criar um perfil fake em redes sociais as notícias sobre sua fuga. Segundo informações do portal de notícias "Metrópoles", a polícia monitorava o telefone que foi levado pelo suspeito no último dia 15, quando ele invadiu uma chácara e fez três pessoas da mesma família reféns. As vítimas foram resgatadas em uma ação que resultou em troca de tiros.

De acordo com a reportagem, após conseguir escapar do cerco policial na fazenda, Lázaro ficou até 18 de junho com o aparelho enquanto se escondia no meio da mata.

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