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Lava Jato vai investigar contratos da Arena Corinthians

O Ministério Público estadual de São Paulo vai apurar se as obras do estádio do Corinthians também estariam ligadas ao esquema de corrupção da Petrobras

Arena Corinthians (Alexandre Battibugli/EXAME)

Arena Corinthians (Alexandre Battibugli/EXAME)

Talita Abrantes

Talita Abrantes

Publicado em 14 de janeiro de 2015 às 12h47.

São Paulo – O Ministério Público Estadual de São Paulo vai apurar se as obras do estádio do Corinthians também estariam ligadas ao esquema de corrupção da Petrobras. A informação é do jornal Valor Econômico.

Até agora, o MP abriu três frentes de investigações relacionadas à Operação Lava Jato, que investiga repasses de propina por meio do doleiro Alberto Youssef em obras da Petrobras. Segundo reportagem do jornal Folha de S. Paulo de ontem, os primeiros alvos seriam projetos da Sabesp, do Metrô de São Paulo e refinarias da estatal no estado.

No caso da Arena Corinthians, o MP vai investigar as obras remoção dos dutos que pertenciam à Petrobras e que tornariam inviável a construção do estádio. Procurado por EXAME.com, o promotor Valter Foleto Santin, que apura o caso, está de licença médica de acordo com a assessoria de imprensa do órgão.

A construção da Arena Corinthians custou 1,08 bilhão de reais. Deste valor, 400 milhões de reais foram financiados pelo BNDES, via aporte da Caixa Econômica Federal, segundo a última atualização da Matriz de Responsabilidades da Copa do Mundo.

Outros 420 milhões de reais foram repassados por meio de incentivos fiscais da prefeitura de São Paulo e 260 milhões de reais por meio de investimentos privados.

A base das investigações da Promotoria de São Paulo será uma planilha com 750 contratos envolvendo empreiteiras e órgãos públicos que foi encontrada em um imóvel de Youssef. Para a Polícia Federal, a lista pode ser o mapa dos negócios que contaram com a atuação do doleiro. 

Os promotores que apuram os casos têm 30 dias para definir a abertura de inquérito. 

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