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Afif crê que Lava Jato pode atingir Alckmin e outros presidenciáveis

Ex-ministro procura espaço para ser pré-candidato à presidência e acredita que legenda tem a chance de imprimir sua marca na agenda nacional

Guilherme Afif Domingos: "Vamos aguardar para ver se ele Alckmin efetivamente é um candidato que forma várias correntes. Se não, vamos sozinhos" (Wilson Dias/Agência Brasil)

Guilherme Afif Domingos: "Vamos aguardar para ver se ele Alckmin efetivamente é um candidato que forma várias correntes. Se não, vamos sozinhos" (Wilson Dias/Agência Brasil)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 27 de abril de 2018 às 16h48.

Última atualização em 27 de abril de 2018 às 16h59.

São Paulo - O ex-ministro Guilherme Afif Domingos, que busca espaço no PSD para ser pré-candidato à Presidência da República, afirmou nesta sexta-feira, 27, acreditar que a Operação Lava Jato pode comprometer o ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin (PSDB) e levar a um quadro ainda maior de pulverização de candidaturas de centro, permitindo que o PSD tenha candidato próprio.

"As pessoas não têm identificação com praticamente nenhum dos candidatos. Vai rolar muita água com lama ainda. Tem 90 dias para definir se vai ter uma aliança ou pulverização", declarou Afif, após participar de um seminário promovido pela União Geral dos Trabalhadores (UGT), em São Paulo.

Na sequência, Afif esclareceu que a "lama" a que se referia era a Operação Lava Jato, que pode atingir Alckmin, com quem o PSD mantém conversas, e outros presidenciáveis, segundo ele. Afif disse que vai trabalhar contra uma aliança com o tucano.

"Vamos aguardar para ver se ele Alckmin efetivamente é um candidato que forma várias correntes. Se não, vamos sozinho", declarou o ex-ministro, que preside a Fundação Espaço Democrático, braço teórico do PSD. Ele afirmou que a aliança do partido com o PSDB em São Paulo não interfere no cenário nacional.

Após a desfiliação do ex-ministro da Fazenda Henrique Meirelles do PSD, Afif começou a buscar espaço no partido para ser pré-candidato à Presidência. Ele acredita que, como a eleição pode se dar em um ambiente de forte pulverização de candidaturas, o partido tem a chance de imprimir sua marca na agenda nacional com um nome disputando o Planalto.

"O partido só seria coadjuvante em uma situação totalmente adversa. O certo é ter personalidade e uma candidatura faz a marca do partido", disse, lembrando que há 30 anos foi candidato pelo PL.

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