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Lava Jato multa empreiteiras em R$ 152 mi por formar cartel

Na denúncia, os procuradores da República que integram a força-tarefa da Operação Lava Jato pedem o montante a título de "reparação mínima dos danos"


	PF: na denúncia, os procuradores da República que integram a força-tarefa da Operação Lava Jato pedem o montante a título de "reparação mínima dos danos"
 (Sergio Moraes / Reuters)

PF: na denúncia, os procuradores da República que integram a força-tarefa da Operação Lava Jato pedem o montante a título de "reparação mínima dos danos" (Sergio Moraes / Reuters)

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Da Redação

Publicado em 13 de setembro de 2016 às 18h30.

São Paulo e Curitiba - O Ministério Público Federal cobra R$ 152,6 milhões, além de US$ 14,8 milhões, das empreiteiras Queiroz Galvão e Iesa Óleo e Gás, cujos executivos - oito ao todo - foram denunciados nesta terça-feira, 13, por formação de cartel, corrupção ativa e lavagem de dinheiro no esquema de propinas instalado na Petrobras.

Na denúncia, os procuradores da República que integram a força-tarefa da Operação Lava Jato pedem o montante a título de "reparação mínima dos danos" causados à estatal petrolífera por meio do esquema de corrupção.

Os procuradores cobram R$ 105,03 milhões e US$ 12,45 milhões dos executivos ligados à Queiroz, além de R$ 47,61 milhões e mais US$ 2,36 milhões dos dirigentes da Iesa Óleo e Gás, "valor estimado da corrupção".

"Esses montantes correspondem à estimativa mínima da propina oferecida pelos empreiteiros", assinalam os procuradores.

A denúncia é a primeira pelo crime de cartel no âmbito da Lava Jato. Segundo o procurador Diogo Castor, "o crime de cartel é muito difícil de comprovar".

"O ajuste entre as grandes construtoras foi comprovado por colaborações premiadas, que quebraram a corrente de silêncio, e por documentos apreendidos bastante ilustrativos."

Um documento que embasa a primeira denúncia por cartel é o "regulamento do campeonato esportivo" - que regulava a conduta das empresas do cartel.

Outro documento é o que estabelecia premiações de um suposto "bingo fluminense", o qual na verdade dividia obras do Complexo Petroquímico do Rio (Comperj) entre as construtoras.

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