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Lava Jato da polícia civil prende prefeito de Niterói

Rodrigo Neves é acusado de participar de esquema de propinas que teria desviado R$ 10,9 milhões dos cofres públicos

Rodrigo Neves: prefeito de Niterói é preso sob suspeita de participar de esquema de corrupção (Tânia Rêgo/Agência Brasil)

Rodrigo Neves: prefeito de Niterói é preso sob suspeita de participar de esquema de corrupção (Tânia Rêgo/Agência Brasil)

AB

Agência Brasil

Publicado em 10 de dezembro de 2018 às 08h28.

Última atualização em 10 de dezembro de 2018 às 09h43.

Rio de Janeiro - A Polícia Civil do Rio de Janeiro prendeu nesta segunda-feira o prefeito de Niterói, Rodrigo Neves (PDT), acusado de integrar organização criminosa envolvendo empresários do setor de transporte público rodoviário suspeita de desviar 10,9 milhões de reais.

A prisão preventiva, solicitada pelo Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ), é um desdobramento da operação Lava Jato no âmbito estadual, que visa desarticular organização suspeita de praticar corrupção ativa e passiva para o pagamento de propina de empresários de ônibus a agentes públicos da cidade, segundo o MPRJ.

De acordo com a investigação, o esquema desviou aproximadamente 10,9 milhões de reais para realizar pagamentos ilegais entre 2014 e 2018.

Neves negou ter cometido qualquer irregularidade.

"Realmente estou perplexo, absolutamente perplexo, eu trabalho desde 18 anos de idade, tenho 20 anos de vida pública, não tenho bem, não viajo para o exterior, eu fecho minhas contas como qualquer cidadão de classe média, vivo em imóvel muito simples, então realmente me estranha muito esse tipo de ocorrência", disse Neves em entrevista a jornalistas logo após ser detido.

"Eu não sei nem quais são as acusações", acrescentou.

A chamada operação Alameda cumpriu mandados de prisão preventiva e de busca e apreensão contra Neves, um ex-secretário municipal de Obras e três empresários do ramo do transporte público rodoviário.

Além das residências dos acusados, as buscas incluíram o gabinete do prefeito e as sedes de oito empresas de ônibus que prestam serviço no município, afirmou o MPRJ.

Procurada, a prefeitura de Niterói não respondeu de imediato a pedido por comentário.

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