Brasil

Laudo da PF revela trajeto de R$ 38 milhões

O consórcio Camargo Corrêa-CNEC pagou o montante para o Grupo Sanko a título de prestação de serviços nas obras da Abreu e Lima


	Polícia Federal: o Grupo Sanko teria repassado R$ 37,72 milhões às empresas de fachada do doleiro Alberto Youssef
 (Divulgação/Polícia Federal)

Polícia Federal: o Grupo Sanko teria repassado R$ 37,72 milhões às empresas de fachada do doleiro Alberto Youssef (Divulgação/Polícia Federal)

DR

Da Redação

Publicado em 3 de outubro de 2014 às 12h25.

São Paulo - Laudo financeiro da Polícia Federal revela que, entre 2010 e 2013, o consórcio Camargo Corrêa-CNEC (CNCC) pagou R$ 38,7 milhões para o Grupo Sanko a título de prestação de serviços nas obras da refinaria de Abreu e Lima (PE) da Petrobras.

Dessa quantia, segundo a perícia da PF, naquele mesmo período, o Grupo Sanko repassou R$ 37,72 milhões às empresas de fachada do doleiro Alberto Youssef, M.O. Consultoria e GFD Investimentos.

A perícia indica que as transferências da Sanko para a M.O. e a GFD ocorriam quase imediatamente após os pagamentos do consórcio. O empresário Márcio Bonilho, diretor das empresas Sanko-Sider, e o doleiro são réus em ação criminal da Operação Lava Jato, acusados por lavagem de recursos financeiros "auferidos em crimes contra a Petrobras".

A PF afirma que "é possível concluir pela existência de fortes indícios quanto a não prestação dos serviços ou a prestação em volume que não justifique os pagamentos realizados pelo CNCC à empresa Sanko".

Os peritos assinalam que a análise dos documentos mostra "inconsistências entre o período do pagamento dos serviços pelo CNCC e o fornecimento de tubulação pela empresa Sanko Sider".

O Grupo Sanko destaca que o próprio laudo da PF concluiu que "não houve superfaturamento". O Consórcio CNCC esclareceu que jamais fez qualquer pagamento ilegal nem pode responder por pagamentos de terceiros.

"Uma perícia contábil não pode colocar sob suspeita serviços sem ter verificado in loco a efetiva prestação deles, o CNCC dispõe de provas irrefutáveis sobre a realização destes serviços." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Acompanhe tudo sobre:Capitalização da PetrobrasEmpresasEmpresas abertasEmpresas brasileirasEmpresas estataisEstatais brasileirasGás e combustíveisIndústria do petróleoOperação Lava JatoPetrobrasPetróleoPolícia Federal

Mais de Brasil

As 10 melhores rodovias do Brasil em 2024, segundo a CNT

Para especialistas, reforma tributária pode onerar empresas optantes pelo Simples Nacional

Advogado de Cid diz que Bolsonaro sabia de plano de matar Lula e Moraes, mas recua

STF forma maioria para manter prisão de Robinho