Jair Bolsonaro: segundo investigada, todos os candidatos do PSL contribuíram para candidatura do presidente (Isac Nóbrega/PR/Flickr)
Marília Almeida
Publicado em 3 de novembro de 2019 às 17h24.
Última atualização em 3 de novembro de 2019 às 17h28.
São Paulo - Três candidatas do PSL em Pernambuco, investigadas pelo Ministério Público e a Polícia Federal por terem recebido 781,6 mil reais em dinheiro público do PSL sem terem realizado campanha eleitoral, negaram irregularidades. É o que aponta matéria feita pela Folha de S. Paulo.
As suspeitas de atuarem como laranjas do partido no pleito de 2018 disseram, em depoimento à policia, que a gráfica Itapissu, que aparece na prestação de contas e recebeu a maior parte do dinheiro, realizou efetivamente o trabalho requisitado. Reportagem da Folha visitou a gráfica em fevereiro, mas não encontrou sinais de funcionamento.
O material eleitoral feito para elas com dinheiro público ajudou a impulsionar a campanha do presidente Jair Bolsonaro, então candidato à presidência pelo partido. Segundo uma das investigadas, todos os candidatos produziram material para a candidatura do presidente. Bolsonaro já se gabou por ter feito a "campanha eleitoral mais barata da história" e de não ter utilizado dinheiro público na corrida pelo maior cargo da Repúlica.
A suspeita é de que a verba mínima (30%) para candidatura de mulheres no partido tenha sido desviada para outros candidatos. Ainda está sendo apurado se de fato toda a verba foi para pagar a produção de material eleitoral ou houve outro desvio.