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Lanterna nas pesquisas, Campos diz que ganhará eleições

Para Campos, o fundamental na pesquisa, no momento, não é perguntar o nome, porque quem é mais conhecido leva vantagem


	Eduardo Campos, com Marina: "Sei no que vai dar nossa luta, sei o que a gente vai enfrentar até o dia da eleição, mas também sei que nós vamos vencer as eleições"
 (Antonio Cruz/Agência Brasil)

Eduardo Campos, com Marina: "Sei no que vai dar nossa luta, sei o que a gente vai enfrentar até o dia da eleição, mas também sei que nós vamos vencer as eleições" (Antonio Cruz/Agência Brasil)

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Da Redação

Publicado em 21 de março de 2014 às 18h20.

Recife - Embora tenha mantido os mesmos 7% da preferência do eleitorado na última pesquisa Ibope encomendada pelo Estado, o governador e pré-candidato Eduardo Campos (PSB) garante estar "completamente tranquilo".

"Sei no que vai dar nossa luta, sei o que a gente vai enfrentar até o dia da eleição, mas também sei que nós vamos vencer as eleições", afirmou Campos nesta quinta-feira, 21, em entrevista coletiva, em Petrolina, onde visitou obras de ampliação do sistema de abastecimento d'água do município.

Para Campos, o fundamental na pesquisa, no momento, não é perguntar o nome, porque quem é mais conhecido leva vantagem.

"A pergunta que ninguém vai lá ver é se quer continuar ou se quer mudança", avaliou, ao comparar com a eleição de 2010, quando o candidato tucano José Serra aparecia na dianteira, no período pré-campanha, com 40% das intenções de voto, semelhante à preferência, hoje, da presidente Dilma - que tem 43%.

Naquela época, frisou ele, 77% queriam a continuidade do governo do presidente Lula. "Quem lesse a pesquisa por dentro perceberia que Serra não ia lograr êxito", observou.

"Coincidentemente, quatro anos depois, a esta altura, a pesquisa do Ibope diz que 67% da população quer mudança", afirmou. "Essa é a pergunta, essa é a pegada, isso é o que vai dar nessa eleição, mudança", disse.

"O Brasil quer ter esperança de dias melhores, ver o otimismo vencer o desânimo que está se abatendo sobre o país, o Brasil quer preservar as conquistas produzidas no tempo dos ex-presidentes Lula, FHC e Itamar e quer ir além".


O presidenciável voltou, então a criticar a presidente Dilma, cujo governo, segundo ele, não conseguiu melhorar o país e avaliou que as forças progressistas e de esquerda foram sendo deixadas de lado no seu governo, que passou a ter "o fisiologismo como centro".

Ele disse ter chegado a falar pessoalmente com a presidente sobre a necessidade de mais diálogo. "O pacto na rua que a sociedade quer não é esta aliança que está aqui, tem que arejar, renovar", alertou.

De acordo com seu relato, o distanciamento político com o governo federal foi se instalando, mas mesmo assim o PSB teria se mantido solidário no período das manifestações populares de junho do ano passado. "Quando se voltou a uma certa normalidade, o PSB entregou todos os cargos".

O presidenciável voltou a citar o baixo crescimento econômico, a crise no setor elétrico e a inflação "que volta a bater na porta".

Alertou para a necessidade de se debater o País com "p" maiúsculo: "O Brasil precisa ser pensado numa outra dimensão. Ou a gente pensa assim ou a nova geração, a geração dos nossos filhos, vai pagar um preço caro, muito caro".

Indagado sobre a polêmica em torno da compra da usina de Pasadena, nos Estados Unidos, pela Petrobras, afirmou estar muito preocupado.

"Uma empresa cinquentenária, uma das maiores petroleiras do mundo, a Petrobras em três anos multiplicou a dívida por quatro, diminuiu o valor pela metade, vendeu um bocado de patrimônio e agora é questionada em operação como essa", observou.

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