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Lamborghini de Eike enfim é vendida em leilão no Rio

Carro de luxo saiu por R$ 1,4 milhão e lancha foi arrematada por R$ 1,9 milhão pela 3ª Vara Criminal do RJ

Eike Batista: empresário teve bens vendidos em leilão pela Justiça (Paulo Vitale/VEJA)

Eike Batista: empresário teve bens vendidos em leilão pela Justiça (Paulo Vitale/VEJA)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 10 de julho de 2019 às 19h32.

Última atualização em 10 de julho de 2019 às 19h41.

A Lamborghini e a lancha do empresário Eike Batista foram a leilão ontem pela 3ª Vara Criminal do Rio de Janeiro a preços bem mais baixos do que seriam vendidos pelo certame da 7ª Vara, do juiz da Lava Jato Marcelo Bretas, previsto para quinta-feira da semana que vem.

A Lamborghini saiu por R$ 1,4 milhão, contra o R$ 1,7 milhão que seria pedido no leilão do dia 18, já com o desconto de 20% dado por Bretas sobre o valor original de R$ 2,2 milhões do primeiro leilão, realizado no último dia 4. A lancha, que foi oferecida em um primeiro momento pela 7ª Vara a R$ 3,5 milhões, foi vendida por R$ 1,9 milhão no leilão da 3ª Vara. O preço no leilão do dia 18 seria de R$ 2,8 milhões.

De acordo com o leiloeiro Renato Guedes, da 7ª Vara, a venda para uma execução judicial mais antiga é comum nesses casos, e o processo da 3ª Vara se encaixa nesse precedente. "Lá é um processo que não tem nada a ver com Lava Jato, é um crime mais antigo, e como o Eike só tem esses bens de maior valor na Justiça, fizeram o leilão", explicou.

Agora, a tendência é de que os bens sejam retirados do leilão do dia 18 e, se o valor arrecadado pela 3ª Vara for maior do que o valor dos crimes naquela instância, a diferença provavelmente será destinado à 7ª Vara. Possíveis novos bens para serem leiloados, segundo Guedes, ainda não foram informados.

O processo contra Eike na 3ª Vara Criminal se refere ao crime de manipulação de mercado por causa das ações da petroleira OGX, e data de 2014. Além dos bens vendidos hoje, o empresário só teria de valor, para um futuro leilão, as casas em Angra dos Reis e no Jardim Botânico, no Rio de Janeiro, mas que não estão na listagem de bens arrestados pela Justiça.

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