Eike Batista: empresário mantinha Lamborghini na sala de casa (Paulo Vitale/VEJA)
Estadão Conteúdo
Publicado em 4 de julho de 2019 às 15h35.
Rio de Janeiro - Apenas dois lotes foram arrematados na primeira fase do leilão da 7ª Vara Criminal Federal do Rio de Janeiro nesta quinta-feira, 4, que colocou à venda veículos, embarcações e imóveis alienados de réus da Operação Lava Jato, como o empresário Eike Batista e o ex-governador do Rio Sergio Cabral.
Dos bens de Eike sequestrados pela Justiça, apenas um jet ski e uma jet boat foram arrematados, inclusive com disputa, pelo valor total de R$ 90,5 mil. Porém, a emblemática Lamborghini, que ficava na sala do empresário detido por propinas pagas ao governo de Cabral, não teve lances.
Segundo o leiloeiro Renato Guedes, é comum bens de valor alto ficarem para a segunda chamada do leilão, que acontece no dia 18 de julho. A Lamborghini, foi avaliada em R$ 2,2 milhões e será oferecida novamente por R$ 1,7 milhão no próximo leilão.
"No segundo leilão, os bens terão um desconto de 20%", informou o leiloeiro. "Se novamente não for vendido, um novo leilão é convocado e o desconto poderá aumentar para 25%", explicou.
Ao todo, se habilitaram para participar do leilão 30 interessados. Nos bens que foram vendidos de Eike, tanto o jet ski como a jet boat receberam dois lances cada. O jet ski Spirit of Brazil foi vendido por R$ 43,5 mil (parcelados) e a jet boat (movida a jatos de água) por R$ 47 mil à vista.
Também ficou sem comprador a Fazenda Três Irmãos do operador financeiro do ex-governador Cabral, Carlos Miranda, em Paraíba do Sul (RJ), avaliada em R$ 3 milhões e que voltará a ser oferecida por R$ 2,2 milhões na próxima chamada para o leilão.