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Ladrões testam modo de limpar nota manchada por dispositivos de segurança

Suspeito preso utilizava produtos químicos para remover manchas

A recomendação do BC é para que ninguém receba notas suspeitas de terem sido danificadas por esse dispositivo (Divulgação/Banco Central)

A recomendação do BC é para que ninguém receba notas suspeitas de terem sido danificadas por esse dispositivo (Divulgação/Banco Central)

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Da Redação

Publicado em 6 de junho de 2011 às 21h36.

São Paulo - O Departamento de Investigações sobre Crime Organizado (Deic), da Polícia Civil do Estado de São Paulo, descobriu nesta segunda-feira uma estratégia para eliminar as manchas causadas em notas de real por dispositivos de segurança dos bancos – que lançam jatos de tinta nas cédulas durante tentativas de explosão dos caixas eletrônicos.

Durante a prisão de um suspeito em São Paulo, a polícia encontrou 112 notas de 50 reais manchadas que estavam imersas em um produto químico dentro de um filtro de porcelana. Interrogado, o suspeito afirmou que ele mesmo tinha elaborado a mistura. Segundo a assessoria do Deic, ainda não se sabe se a técnica já se disseminou entre outros assaltantes. O produto químico foi levado à perícia para ser identificado.

As notas apreendidas, porém, estavam apenas parcialmente limpas. Ainda não está claro, portanto, se elas passariam por algum procedimento complementar.

Na última quarta-feira, o Banco Central decidiu que as cédulas danificadas pela tinta perdem a validade. A recomendação do BC é para que ninguém receba notas suspeitas de terem sido danificadas por esse dispositivo. O objetivo da medida é contribuir para a redução dos casos de furtos e roubos a caixas eletrônicos. O Procon-SP contestou a decisão, afirmando que é inadmissível que o custo de uma medida de segurança privada, que é intrínseca à atividade bancária, seja repassado à população.

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