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Justiça quebra impasse na Câmara de Energia

Justiça: a decisão concede aos associados de 4 instituições o direito de preferência no recebimento de recursos retidos na conta da CCEE


	Justiça: a decisão concede aos associados de 4 instituições o direito de preferência no recebimento de recursos retidos na conta da CCEE
 (Reuters/Ina Fassbender)

Justiça: a decisão concede aos associados de 4 instituições o direito de preferência no recebimento de recursos retidos na conta da CCEE (Reuters/Ina Fassbender)

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Da Redação

Publicado em 5 de dezembro de 2015 às 08h52.

São Paulo - Uma decisão liminar concedida pela Justiça Federal ontem pode antecipar o fim do impasse referente à liquidação financeira das operações de compra e venda de energia feitas no mercado de curto prazo (MCP) em setembro.

A reportagem do Broadcast apurou que a decisão provisória concede aos associados de quatro entidades o direito de preferência no recebimento de recursos retidos na conta da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE), o que pode paralisar o processo de negociação que estava sendo costurado pela Câmara.

A princípio, a CCEE caminhava para chegar a um acordo com os representantes da Associação Brasileira de Geradoras Termelétricas (Abraget), da União da Indústria de Cana-de-açúcar (Única), da Associação Brasileira dos Comercializadores de Energia (Abraceel) e da Associação Brasileira de Energia Eólica (ABEEólica).

O acerto previa que as entidades aceitariam dividir o valor que já havia sido recebido pela CCEE, um total de R$ 1,9 bilhão, colocando fim a um impasse iniciado no mês passado.

Na oportunidade, as quatro entidades obtiveram liminares independentes que concediam a seus associados o direito de preferência. Como o valor levantado pela CCEE era insuficiente para atender as quatro liminares, o repasse de recursos foi suspenso.

Iniciou-se, então, um processo de negociações entre a CCEE e as entidades, o qual deveria ser concluído de maneira negociada na próxima semana. A liminar concedida ontem altera a expectativa de uma solução acordada, porque dá o benefício de maneira igualitária às quatro entidades. "Agora sequer podemos avançar com essa solução", disse uma fonte.

Com a liminar em mãos, as quatro entidades garantem a preferência de recebimento dos valores devidos, em proporções semelhantes à representatividade de cada segmento no mercado de curto prazo. 

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