Brasil

Justiça prorroga permanência de Funaro na carceragem da PF

A decisão prevê que o corretor, apontado como operador financeiro do PMDB da Câmara dos Deputados, fique na PF até a próxima quarta-feira, 19

Funaro: foi preso na Operação Sépsis, em julho de 2016 (Alexandre Schneider/VEJA)

Funaro: foi preso na Operação Sépsis, em julho de 2016 (Alexandre Schneider/VEJA)

AB

Agência Brasil

Publicado em 14 de julho de 2017 às 11h45.

Última atualização em 14 de julho de 2017 às 18h58.

Preso na Superintendência da Polícia Federal em Brasília desde a semana passada, o doleiro Lúcio Funaro voltaria hoje (14) para o presídio da Papuda, também no Distrito Federal, mas um pedido da força-tarefa da Operação Greenfield à 10ª Vara da Justiça Federal adiou a transferência.

Com isso, a volta do doleiro à Papuda está suspensa até o dia 19 deste mês.

Segundo a Procuradoria da República no DF, a força-tarefa da Greenfield quer que Funaro preste mais esclarecimentos.

A operação investiga fraudes e irregularidades na administração em quatro dos maiores fundos de pensão do país: Funcep, Petros, Previ e Postalis.

Funaro está preso desde 1º de julho de 2016, pela Operação Sépsis, um desdobramento da Lava Jato. O doleiro foi preso com base na delação de Fábio Cleto, ex-vice presidente de Fundos e Loterias da Caixa.

O doleiro é apontado como operador financeiro do ex-deputado Eduardo Cunha.

No âmbito da Greenfield, o doleiro foi peça-chave na prisão de Geddel Vieira Lima, ex-ministro do governo Temer.

A prisão preventiva de Geddel foi pedida a partir de informações fornecidas em depoimentos de Funaro, bem como do empresário Joesley Batista e do diretor jurídico do grupo J&F, Francisco de Assis e Silva. A força-tarefa da Greenfield também é responsável pelas operações Sépsis e Cui Bono.

Segundo os procuradores, Geddel enviou mensagens à mulher do doleiro, Raquel Pitta Funaro. entre os meses de maio e junho, quando o doleiro já estava preso.

Para os procuradores, as mensagens em que Geddel perguntava à esposa de Funaro sobre o estado de ânimo da família do doleiro e sobre o próprio Funaro seriam indícios de que o político tentaria obstruir a apuração dos crimes a ele imputados, procurando evitar que Funaro firmasse acordo de delação premiada com o Ministério Público Federal.

Acompanhe tudo sobre:Michel TemerMDB – Movimento Democrático BrasileiroJBSCorrupçãoCâmara dos DeputadosDelação premiada

Mais de Brasil

Anvisa regulamenta produção em escala de antídoto contra intoxicação por metanol

Governo confirma 113 registros de intoxicação por metanol após ingestão de bebida em seis estados

Reúso e lavagem de garrafas com metanol são foco de investigação da Polícia Civil em SP

Outro surto no passado: 35 pessoas morreram na Bahia por bebida adulterada por metanol em 1999