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Justiça pede reforço na segurança de juiz da Lava Jato no Rio

Este foi o primeiro ato assinado pelo presidente do Tribunal Regional Federal da 2ª Região, André Fontes, que tomou posse ontem (6)

Marcelo Bretas: na segunda-feira (10), o presidente do TFR2, André Fontes, se reunirá, às 17h30, com o juiz Marcelo Bretas (Leo Martins/Agência O Globo)

Marcelo Bretas: na segunda-feira (10), o presidente do TFR2, André Fontes, se reunirá, às 17h30, com o juiz Marcelo Bretas (Leo Martins/Agência O Globo)

AB

Agência Brasil

Publicado em 7 de abril de 2017 às 21h04.

O presidente do Tribunal Regional Federal da 2ª Região (TRF2), desembargador federal André Fontes, determinou, hoje (7), o reforço na segurança do juiz da 7ª Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro, Marcelo Bretas.

Este foi o primeiro ato assinado pelo presidente que tomou posse ontem (6). A decisão atende a um pedido do magistrado que está à frente da Operação Lava Jato no Rio de Janeiro.

Na segunda-feira (10), o presidente do TFR2, André Fontes, se reunirá, às 17h30, com o juiz Marcelo Bretas. Ele quer manifestar o apoio institucional da segunda instância ao trabalho feito pela 7ª Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro.

As operações Saqueador, Calicute e Eficiência, fases da Lava Jato, estão sob a responsabilidade de Bretas.

Na Operação Saqueador, que investiga esquema de desvio de recursos públicos e lavagem de dinheiro no valor de R$ 370 milhões, os principais envolvidos são o dono da empresa Delta, Fernando Cavendish, e o contraventor Carlos Augusto de Almeida Ramos, conhecido como Carlinhos Cachoeira, por participação em esquema do desvio de dinheiro de obras feitas pela Delta Construtora.

Na Operação Calicute, deflagrada no dia 17 de novembro, 16 pessoas foram indiciadas por crimes que incluem corrupção passiva e ativa de organização criminosa e lavagem de dinheiro na gestão do ex-governador do Rio de Janeiro Sérgio Cabral. As investigações apuraram que R$ 220 milhões foram pagos em propinas por grandes empreiteiras para garantir obras públicas.

A ex-primeira dama do estado, Adriana Ancelmo, também envolvida na Operação Calicute por recebimento de propinas, chegou a ficar presa na Cadeia Pública Joaquim Ferreira de Souza, ala feminina da unidade Bangu 8 do Complexo penitenciário de Gericinó, na zona oeste do Rio, mas agora cumpre prisão domiciliar no apartamento da família, no Leblon, zona sul do Rio.

O ex-governador Sérgio Cabral, permanece preso na Cadeia Pública Pedrolino Werling de Oliveira, ala masculina de Bangu 8.

Na Operação Eficiência, um desdobramento da Operação Calicute, segundo o Ministério Público Federal (MPF), o empresário Eike Batista, dono do grupo EBX, pagou US$ 16,5 milhões ao ex-governador Cabral.

Eike está preso desde o dia 30 de janeiro na Penitenciária Bandeira Stampa, a unidade Bangu 9, também no Complexo Penitenciário de Gericinó.

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