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Justiça ouve Thor Batista, acusado pela morte de ciclista

O filho de Eike Batista é acusado de homicídio culposo (sem intenção de matar), por ter atropelado - e matado - o ciclista Wanderson Pereira dos Santos


	No último dia 12 de março, Thor faltou à audiência na Justiça. Na ocasião, seus advogados afirmaram que o jovem necessitava de repouso, pois estaria com sinusite e febre
 (Fernando Lemos/VEJA Rio)

No último dia 12 de março, Thor faltou à audiência na Justiça. Na ocasião, seus advogados afirmaram que o jovem necessitava de repouso, pois estaria com sinusite e febre (Fernando Lemos/VEJA Rio)

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Da Redação

Publicado em 25 de abril de 2013 às 14h33.

Rio de Janeiro - Thor Batista, filho do bilionário Eike Batista, será interrogado às 13 horas desta quinta-feira, 25, na 2ª Vara Criminal de Duque de Caxias, no processo em que é acusado de homicídio culposo (sem intenção de matar), por ter atropelado - e matado - o ciclista Wanderson Pereira dos Santos, de 30 anos. Se condenado, Thor pode pegar de 2 a 4 anos de prisão.

O acidente ocorreu na Rodovia Washington Luís (BR-040), na altura de Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, na noite de 17 de março de 2012.

No último dia 12 de março, Thor faltou à audiência na Justiça. Na ocasião, seus advogados afirmaram que o jovem necessitava de repouso, pois estaria com sinusite e febre.

Foi apresentado um atestado médico, assinado por um cardiologista, que dizia que Thor apresentava "quadro de cefaleia frontal e epicranena, agravada com a movimentação da cabeça, dor a digitopressão dos seios maxilares, febre de 38,5º C, vertigem e náusea".

Ainda naquele dia, a juíza Daniela Barbosa Assumpção de Souza negou pedido da defesa do rapaz para anular o processo.

Os advogados alegaram que a denúncia do Ministério Público foi baseada no laudo do perito da Polícia Civil Hélio Martins Júnior, que atestou que Thor dirigia a 135Km/h no momento do atropelamento. A velocidade máxima permitida no trecho onde ocorreu o atropelamento é de 110Km/h.

O documento, entretanto, foi descartado como prova pela 5ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Rio, em 21 de fevereiro. Na ocasião, os desembargadores acolheram os argumentos dos advogados de Thor, e entenderam que houve cerceamento de defesa.

Os defensores disseram que o laudo que incriminava o jovem foi acostado aos autos apenas na audiência de 13 de dezembro de 2012 (e não no momento do oferecimento da denúncia), e que o perito teve contato direto com o promotor do caso.

Um segundo laudo foi feito pela Polícia Civil do Rio. Divulgado no último dia 9 de abril, o documento atestou que a velocidade do veículo de Thor, uma Mercedes Benz SLR McLaren, estava entre 100 km/h e 115 km/h no momento da colisão.

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