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Justiça nega reintegração de posse da reitoria da USP

O juiz Adriano Laroca, da 12ª Vara da Fazenda Pública da capital, reprovou a possibilidade de usar força policial para retirar os alunos


	Reitoria da Universidade de São Paulo (USP): segundo o  magistrado, o Judiciário não pode absorver conflitos negados pela postura antidemocrática de outros poderes
 (Marcos Santos/USP Imagens)

Reitoria da Universidade de São Paulo (USP): segundo o  magistrado, o Judiciário não pode absorver conflitos negados pela postura antidemocrática de outros poderes (Marcos Santos/USP Imagens)

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Da Redação

Publicado em 9 de outubro de 2013 às 17h07.

São Paulo - A Justiça negou nesta quarta-feira, 09, o pedido de reintegração de posse da reitoria da Universidade de São Paulo (USP), ocupada por estudantes há oito dias.

Após o fracasso da audiência de conciliação entre representantes da USP e dos alunos na terça-feira, 08, o juiz Adriano Laroca, da 12ª Vara da Fazenda Pública da capital, reprovou a possibilidade de usar força policial para retirar os alunos. A universidade deve recorrer da decisão.

De acordo com o magistrado, o Judiciário não pode absorver conflitos negados pela postura antidemocrática de outros poderes, "sem o risco de ele próprio praticar o mesmo autoritarismo (repressão)".

Laroca ainda argumentou que a retirada de alunos pela Tropa de Choque traria mais danos à imagem da universidade do que a paralisação parcial da instituição por causa do protesto.

Nesta quarta-feira, os estudantes fazem um protesto na Avenida Paulista a favor de mais democratização nas eleições da USP. Alunos da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) organizaram caravana para reforçar a manifestação, que seguirá até a Assembleia Legislativa. A reitoria da Unicamp também está ocupada por alunos, que são contra a presença da Polícia Militar no câmpus.

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