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Justiça mantém prisão preventiva de ex-diretor da Petrobras

No processo, ele é acusado de integrar um esquema de corrupção envolvendo pagamentos de propina do grupo holandês SBM Offshore a executivos da estatal


	Jorge Zelada (C), ex-diretor da Petrobras: dois dos três desembargadores votaram contra o pedido de habeas corpus
 (Gabriel Jose/Reuters)

Jorge Zelada (C), ex-diretor da Petrobras: dois dos três desembargadores votaram contra o pedido de habeas corpus (Gabriel Jose/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 1 de março de 2016 às 17h51.

Rio - O Tribunal Regional Federal da 2ª Região (TRF2) acatou nesta terça-feira, 1, o pedido do Ministério Público Federal (MPF) pela manutenção da prisão preventiva do ex-diretor internacional da Petrobras Jorge Luiz Zelada.

No processo, ele é acusado de integrar um esquema de corrupção envolvendo pagamentos de propina do grupo holandês SBM Offshore a executivos da estatal.

Preso desde julho do ano passado pela Justiça Federal em Curitiba, no Paraná, onde também teve a prisão decretada, Zelada é acusado de corrupção passiva, lavagem de dinheiro, evasão de divisas e associação criminosa.

Mas o ex-diretor da Petrobras também tem ordem de prisão preventiva emitida pela 3ª Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro, onde tramita o caso da SBM.

Dois dos três desembargadores votaram contra o pedido de habeas corpus apresentado pela defesa do executivo.

Segundo a procuradora regional da República Silvana Batini, que representou o MPF no julgamento, o risco de fuga do réu cresce à medida que a chance de punição aumenta.

Os argumentos da Procuradoria Regional da República da 2ª Região (PRR2) foram aceitos pelo desembargador federal André Fontes, relator do habeas corpus, que citou os casos de fuga de Salvatore Cacciola e Henrique Pizzolato, além do plano de fuga que o senador Delcídio do Amaral teria oferecido a Nestor Cerveró (antecessor de Zelada na diretoria internacional da Petrobras).

Já o desembargador Messod Azulay avaliou que "o envolvimento de Zelada em um esquema de 'consequências nefastas', como a grave crise na rede de saúde do Estado do Rio, demonstra que ele oferece alta periculosidade, justificando sua prisão", informou a Procuradoria, em nota.

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