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Justiça mantém obrigação para Flordelis usar tornozeleira eletrônica

A deputada é acusada de ter participado da morte de seu marido, pastor Anderson do Carmo, com a colaboração de outros filhos

Flordelis: defesa da deputada alegou constrangimento ilegal (Fernando Frazão/Agência Brasil/Reuters)

Flordelis: defesa da deputada alegou constrangimento ilegal (Fernando Frazão/Agência Brasil/Reuters)

AB

Agência Brasil

Publicado em 25 de setembro de 2020 às 21h10.

Última atualização em 25 de setembro de 2020 às 21h14.

A Justiça do Rio de Janeiro manteve a obrigação da deputada federal Flordelis em usar tornozeleira eletrônica. A decisão, publicada na quinta-feira, 24, pelo desembargador Celso Ferreira Filho, foi divulgada nesta sexta-feira, 25.

A defesa de Flordelis pleiteava, através de habeas corpus, que ela não fosse obrigada a usar tornozeleira, alegando que a deputada estaria submetida a constrangimento ilegal, sendo ré primária e que, além disso, já havia sido decretado seu recolhimento noturno. Também argumentaram que Flordelis já havia entregue seu passaporte.

Os advogados pleitearam ainda, no mérito, que ela fosse liberada de todas as medidas cautelares impostas e que a questão fosse levada à apreciação da Câmara dos Deputados, que decidiria sobre a possibilidade de aplicação de medidas cautelares diversas da prisão. A deputada tem imunidade parlamentar e não pode ser presa, a não ser em flagrante delito.

O desembargador, contudo, não acolheu as razões da defesa, e resolveu manter a obrigação da parlamentar utilizar tornozeleira eletrônica.

“Como discorrido neste aresto, o Poder Judiciário estadual é competente para decretar medidas cautelares diversas da prisão, tanto em substituição à prisão em flagrante delito quanto em graves e excepcionais circunstâncias, desde que não impossibilitem o pleno e regular exercício do mandato parlamentar, como no caso dos autos, não havendo sido expedido mandado de prisão em desfavor da ré. Portanto, ausentes os requisitos autorizadores da concessão do pleito liminar, tenho por indeferi-lo”, decidiu Ferreira Filho.

A deputada é acusada e ter participado da morte de seu marido, pastor Anderson do Carmo, com a colaboração de outros filhos. O crime aconteceu no dia 16 de junho de 2019, quando ela e Anderson haviam chegado em casa, em Niterói.

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