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Justiça manda prender policiais acusados de envolvimento com PCC

Os acusados vinham agindo desde agosto de 2015 e contavam com a ajuda dos policiais para não serem flagrados, em troca de pagamento de propina

PCC: durante a apuração foram descobertos laboratórios de refino de drogas e apreendidos quase meia tonelada de drogas (Reprodução/Reuters)

PCC: durante a apuração foram descobertos laboratórios de refino de drogas e apreendidos quase meia tonelada de drogas (Reprodução/Reuters)

AB

Agência Brasil

Publicado em 1 de dezembro de 2017 às 20h42.

Trinta e seis pessoas, incluindo 30 policiais civis de São Paulo, um ex-policial, uma advogada e quatro traficantes tiveram a prisão preventiva decretada esta semana sob acusação de envolvimento com a organização criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC).

A decisão, em segunda instância, foi tomada pelo desembargador Otávio Rocha, do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, e atendeu a pedido do Ministério Público do Estado de São Paulo (MPE).

O processo tramita na 3ª Vara Criminal de São José dos Campos, município da região do Vale do Paraíba, no interior paulista.

Os acusados vinham agindo desde agosto de 2015, especialmente na zona sul de São José dos Campos, no bairro Campo dos Alemães, e contavam com a ajuda dos policiais para não serem flagrados, em troca de pagamento de propina, segundo as investigações do Grupo de atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco).

Durante a apuração foram descobertos laboratórios de refino de drogas e apreendidos quase meia tonelada de drogas, incluindo pasta de cocaína, R$ 2 milhões em dinheiro e armamento pesado, como fuzis. Além de serem acusados por dar proteção aos criminosos, os policiais foram denunciados por participação em um esquema de lavagem de dinheiro.

Entre os policiais presos estão agentes lotados no 7º e 3º Distrito de Polícia de São José dos Campos e também na Delegacia de Investigações Sobre Entorpecentes e na Delegacia de Investigações Gerais. Procurada pela reportagem, a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo não se manifestou até a publicação.

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