Moreira Franco: a defesa do ministro pediu que os esclarecimentos fossem enviados por escrito (Adriano Machado/Reuters)
Estadão Conteúdo
Publicado em 5 de julho de 2017 às 16h41.
Brasília - O ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Moreira Franco (PMDB-RJ), será ouvido pessoalmente na condição de testemunha no âmbito de um processo que tramita na Justiça Federal do Distrito Federal contra os ex-deputados Eduardo Cunha (PMDB-RJ) e Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN) e o doleiro Lúcio Funaro.
A investigação trata de um suposto esquema de pagamento de propina para liberação de recursos do Fundo de Investimentos do FGTS (FI-FGTS), administrado pela Caixa Econômica Federal.
A defesa de Moreira Franco pediu que os esclarecimentos solicitados fossem enviados à Justiça Federal por escrito, mas o juiz Vallisney de Souza Oliveira, da 10ª Vara Federal, decidiu que o ministro será ouvido pessoalmente, em data ainda a ser definida.
O peemedebista foi uma das testemunhas solicitadas pela defesa de Cunha.
A investigação foi iniciada no âmbito da Operação Lava Jato e remetida à primeira instância depois da cassação do mandato de Cunha, o que fez com que o peemedebista perdesse a prerrogativa de foro.
Nesta quarta-feira, 5, o ministro do Planejamento, Dyogo Oliveira, prestou depoimento à Justiça Federal, na condição de testemunha de Cunha.
Na última terça-feira, 4, o ex-presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva e o empresário Marcelo Odebrecht prestaram depoimento como testemunhas no âmbito do mesmo processo.
Chamado pela defesa de Funaro, Marcelo Odebrecht - que está preso em Curitiba e depôs por videoconferência - disse não conhecer o doleiro, e afirmou se lembrar de apenas uma reunião com Eduardo Cunha na residência oficial da Câmara.
Sobre influência de Cunha na Caixa, Odebrecht disse que "todo mundo dava como certo que Fabio Cleto (ex-vice presidente da Caixa) estava dentro da área de influência de Eduardo Cunha", no depoimento prestado ao juiz Vallisney de Souza Oliveira.