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Justiça Eleitoral suspende depoimento de Ricardo Pessoa

Segundo MP, investigado na Lava Jato é um dos líderes do cartel que pagava propina para fraudar licitações na Petrobras


	Audiência foi suspensa para aguardar autorização do relator da ação da Lava Jato no STF, Teori Zavascki
 (José Cruz/Agência Brasil)

Audiência foi suspensa para aguardar autorização do relator da ação da Lava Jato no STF, Teori Zavascki (José Cruz/Agência Brasil)

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Da Redação

Publicado em 14 de julho de 2015 às 16h51.

São Paulo - O Tribunal Regional Eleitoral (TRE) de São Paulo suspendeu hoje (14) de manhã o depoimento do dono da construtora UTC, Ricardo Pessoa.

De acordo com o advogado do PSDB e da coligação Muda Brasil, José Eduardo Alckmin, a audiência foi suspensa para aguardar autorização do ministro Teori Zavascki, relator da ação da Operação Lava Jato no Supremo Tribunal Federal (STF).

O empreiteiro chegou à sede do TRE paulista por volta das 9h e deixou o prédio na Bela Vista, região central da capital paulista, por volta das 11h50.

Os advogados do PT saíram do prédio sem dar declarações. Segundo eles, o processo corre em segredo de Justiça.

Segundo o Ministério Público, Ricardo Pessoa é um dos líderes do cartel de empreiteiras que pagava propina para fraudar licitações e obter contratos superfaturados na Petrobras.

Desde abril, ele cumpre prisão domiciliar. O deslocamento de Pessoa para a capital paulista foi autorizado pelo ministro Celso de Mello, do STF.

O depoimento seria acompanhado pelo juiz auxiliar do Tribunal Superior Eleitoral Nicolau Lupianhes Neto, pelo procurador Luis Carlos dos Santos Gonçalves, que representa a Procuradoria Geral da República, e por oito advogados, três do PSDB, três do PT e dois do empresário.

“Isso é normal. Processo é assim mesmo. O importante é que os atos sejam praticados de acordo com a lei, de modoque se atinja o resultado que queremos. Haverá o encaminhamento de um ofício para o relator e, tão logo seja possível, certamente ele examinará. Temos de lembrar que é período de recesso forense e não sei se ele entenderá que é o caso de resolver antes”, explicou Alckmin.

O advogado informou que a necessidade de autorização para o depoimento era uma situação a ser examinada. Acrescentou que o argumento para que ele não depusesse hoje é o de que, ao falar, ele "arranhasse o acordo de delação premiada".

Para Alckmin, não é possível um depoente que fez acordo de delação premiada "falar sem autorização da autoridade judiciária perante a qual ele fez o compromisso”.

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