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Justiça deve ser fonte de sossego para cidadãos, diz Cármen Lúcia

"O Estado tem sido nossa única opção. Ou é a democracia ou a guerra", afirmou a presidente do STF e do Conselho Nacional da Justiça (CNJ)

Cármen Lúcia: ela pediu união entre os juízes em um momento de "extrema dificuldade" (Ueslei Marcelino/Reuters)

Cármen Lúcia: ela pediu união entre os juízes em um momento de "extrema dificuldade" (Ueslei Marcelino/Reuters)

AB

Agência Brasil

Publicado em 5 de dezembro de 2016 às 11h42.

A presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Cármen Lúcia, disse hoje (5) que a Justiça mais do que nunca tem um papel de pacificador da sociedade, devendo ser uma fonte de "sossego" para o cidadão, num momento em que há uma grande intolerância com a ineficiência do Estado brasileiro.

"O Estado tem sido nossa única opção. Ou é a democracia ou a guerra. E o papel da Justiça é justamente de pacificar. Portanto, temos um compromisso direto de sermos responsáveis por trazer sugestões, propostas, projetos, fluxogramas, para que nós consigamos proporcionar um pouco de sossego ao povo brasileiro, no que seja nossa competência", afirmou a presidente do STF e também do Conselho Nacional da Justiça (CNJ).

Ela discursou na abertura de um encontro anual em que o Poder Judiciário define as metas para o ano seguinte. Ela pediu união entre os juízes em um momento de "extrema dificuldade", para que elaborem metas e políticas públicas para o Judiciário "não com parcialidade, mas com os valores da democracia".

O compromisso último do Poder Judiciário, disse Cármen Lúcia, é fazer com que a sociedade não deixe de acreditar na Justiça, sob o risco de que os cidadãos passe a praticar a "justiça pelas próprias mãos... que nada mais é que exercer a vingança, que é a negativa da civilização, a não civilização".

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