Patrícia Lourival Acioli era conhecida por sua atuação contra a violência cometida por policiais militares da região (Reprodução)
Da Redação
Publicado em 4 de novembro de 2011 às 16h37.
Rio de Janeiro - A Justiça do Rio de Janeiro vai ouvir o depoimento de aproximadamente 150 testemunhas no caso que apura o envolvimento de 11 policiais militares na morte da juíza Patrícia Acioli, da 4ª Vara Criminal de São Gonçalo. Ela foi assassinada em agosto, em Niterói. As primeiras audiências do caso foram marcadas para os dias 9, 10, 11, 16, 17 e 18 de novembro, quando testemunhas de defesa e acusação e os suspeitos serão ouvidos. As audiências começam a partir das 9 horas no plenário do tribunal.
Ontem, a Justiça negou a transferência do tenente-coronel Claudio Luiz de Oliveira e do tenente Daniel Santos Benitez Lopes para presídios federais de segurança máxima fora do Rio de Janeiro. Segundo a decisão do juiz Peterson Barroso Simão, da 3ª Vara Criminal de Niterói, eles e os outros nove policiais continuarão presos em Bangu 1, na zona oeste da cidade. O pedido foi feito pelo Ministério Público.
Na semana passada, a Justiça negou por unanimidade o pedido de habeas corpus em favor do policial militar Daniel Santos Benitez Lopes. A defesa do tenente alegou que Benitez estaria "suportando constrangimento ilegal decorrente da decisão que ordenou sua transferência do Batalhão Especial Prisional (BEP) para presídio comum de Bangu VIII, sem observar o devido processo legal porque a defesa não teria sido ouvida". Além disso, sustentou ainda que não haveria risco concreto de fuga do PM.
Patrícia foi executada com 21 tiros quando chegava de carro em casa, por volta das 23h30 do dia 11 de agosto, na porta de sua residência. Segundo testemunhas, ela foi atacada por homens em duas motos e dois carros.