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Justiça determina saída de estudantes da Unicamp

Cerca de 400 estudantes invadiram a reitoria da universidade em protesto contra a permissão de policiamento nos campi


	Unicamp: polícia entrou após a morte de um aluno, durante uma festa clandestina na universidade
 (Wikimedia Commons)

Unicamp: polícia entrou após a morte de um aluno, durante uma festa clandestina na universidade (Wikimedia Commons)

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Da Redação

Publicado em 4 de outubro de 2013 às 18h34.

Campinas - A Justiça concedeu nesta sexta-feira, 04, mandado de reintegração de posse para que a Polícia Militar retire os cerca de 400 estudantes que invadiram a reitoria da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) em protesto contra a permissão de policiamento nos campi de Campinas, Limeira e Piracicaba. A permissão foi dada após a morte de um aluno, durante uma festa clandestina na universidade.

A 2ª Vara da Fazenda Pública de Campinas determinou a reintegração "ficando claro que toda a ação deve ser precedida de tentativa de consenso com os invasores". O prédio da reitoria foi ocupado na noite de quinta-feira, 03, após uma assembleia promovida pelo Diretório Central Estudantil (DCE) para discutir a presença da PM no campus. O prédio teve vidros quebrados, paredes e computadores pichados e armários tombados.

O policiamento foi aceito pela reitoria da Unicamp no dia 26, após o assassinato do estudante Dênis Papa Casagrande, de 21 anos, aluno do segundo ano de Mecatrônica. O estudante levou uma facada no peito e depois foi espancado por um grupo de aproximadamente 15 punks, durante uma festa clandestina que acontecia dentro do campus, na madrugada do dia 21.

No dia 25, o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), colocou à disposição a PM para fazer a segurança interna.

Em nota, a Unicamp informou que formou uma comissão para negociar com os estudantes a desocupação pacífica do prédio. Os representantes dos estudantes devem se reunir agora à tarde com o pró-reitor Alvaro Crosta.

Eles vão pedir que a reitoria aceite três pontos: saída da PM do campus; a não abertura de sindicância contra estudantes por causa da invasão do prédio e pela realização da festa clandestina e a realização de uma audiência pública para discutir uma alternativa para segurança no campus.

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