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Justiça determina fim da greve dos professores no Paraná

Há uma ameaça de multa diária de R$ 20 mil caso a determinação não seja cumprida


	Sala de aula vazia: horas antes, 20 mil professores decidiram, em assembleia, continuar a paralisação da categoria
 (Thinkstock)

Sala de aula vazia: horas antes, 20 mil professores decidiram, em assembleia, continuar a paralisação da categoria (Thinkstock)

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Da Redação

Publicado em 5 de março de 2015 às 14h54.

Curitiba - O desembargador Luiz Mateus de Lima determinou na quarta-feira, 4, o retorno imediato das aulas nas escolas estaduais do Paraná, com a ameaça de multa diária de R$ 20 mil caso a determinação não seja cumprida.

Horas antes, 20 mil professores decidiram, em assembleia, continuar a paralisação da categoria, que já dura 24 dias e atinge 950 mil alunos da rede estadual.

O desembargador também proíbe os grevistas de "vedarem e limitarem os acessos às dependências de quaisquer órgãos públicos estaduais ou de impedirem outros servidores de trabalhar regularmente" e "autoriza-se o uso de força policial, caso necessário".

Pela manhã, o Sindicato dos Trabalhadores da Educação do Paraná (APP-Sindicato) havia comandado a assembleia que deliberou pela continuidade da greve.

Logo em seguida, os professores iniciaram uma caminhada em direção ao Palácio Iguaçu, sede do governo do Estado.

Segundo o presidente do sindicato, Hermes Leão, há a possibilidade de uma nova reunião com o governo estadual nos próximos dias.

"Queremos antes disso (assembleia) uma mesa de conciliação para avançarmos e em uma próxima assembleia decidirmos pelo movimento", afirmou.

Pauta

Por meio de nota, o governo do Estado do Paraná lamentou a continuidade do movimento e disse que entrará novamente com pedido de ilegalidade e abusividade da greve. A medida foi usada anteriormente, mas o pedido foi negado pela Justiça.

Também alegou que já cumpriu alguns itens da pauta, como o pagamento de hora-atividades, melhorias do transporte e na merenda, além de reajuste salarial.

Já os educadores alegam que os pontos divergentes não foram resolvidos, como o pagamento do 1/3 de férias, que está programado pelo governo até dia 31 deste mês, enquanto o sindicato quer pagamento imediato, e a nomeação imediata de 1.460 profissionais da educação antes do ano letivo - o governo estadual quer que isso aconteça entre maio e junho.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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