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Justiça derruba lei que muda o nome da GCM de SP para Polícia Municipal

A lei apoiada pelo prefeito Ricardo Nunes (MDB) foi aprovada na semana passada na Câmara Municipal de São Paulo, recebendo 42 votos favoráveis.

Mateus Omena
Mateus Omena

Repórter

Publicado em 18 de março de 2025 às 18h19.

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O Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) concedeu nesta terça-feira, 18, uma liminar suspendendo a lei que alterava o nome da Guarda Civil Metropolitana (GCM) para Polícia Municipal, medida apoiada pelo prefeito Ricardo Nunes.

A decisão atendeu a um pedido do Ministério Público de São Paulo (MP-SP). A liminar foi concedida pelo desembargador Mário Devienne Ferraz, do TJ-SP.

A proposta, apresentada por Nunes dentro de um projeto da vereadora Edir Sales (PSD), foi aprovada na semana passada na Câmara Municipal, com 42 votos a favor e 10 contrários.

O procurador-geral de Justiça do Estado contestou a mudança na Justiça logo após a aprovação do projeto pelo Legislativo municipal.

Ao analisar o caso, o desembargador Mário Devienne Ferraz, do Órgão Especial do TJ-SP, aceitou os argumentos do MP-SP. Em seu voto, destacou que a Constituição de 1988 define claramente as funções de cada órgão da Segurança Pública e, embora as guardas municipais façam parte desse sistema, suas atribuições estão bem delimitadas.

Em nota, a Prefeitura de São Paulo manifestou sua decepção com a decisão da Justiça de São Paulo e espera que ela seja revertida. Veja a íntegra a seguir:

O prefeito Ricardo Nunes lamenta profundamente a decisão judicial contra a denominação da Polícia Municipal e, em solidariedade ao povo de São Paulo, que pede cada vez mais por segurança e policiamento, espera que ela seja revertida o mais breve possível. O prefeito conversou com o presidente do Legislativo Municipal nesta terça-feira (18) e externou a ele sua decepção com a determinação judicial e ouviu que a Câmara Municipal apresentará recurso à Justiça.
A Polícia Municipal é o reconhecimento do trabalho policial responsável e incansável já exercido pelos 7.500 agentes de segurança da Prefeitura, efetivo maior do que a Polícia Militar de dez estados, no combate à criminalidade e proteção à vida na cidade. Quem faz policiamento é polícia e, diante da existência de diversas denominações de polícia, como Polícia Penal, Polícia Científica, Polícia Judiciária, Polícia Legislativa, entre outras, nada mais justo do que as cidades terem a Polícia Municipal. Com o auxílio das câmeras inteligentes de monitoramento do Programa Smart Sampa, os agentes da Polícia Municipal de São Paulo já prenderam mais de 2 mil criminosos em flagrante e 862 foragidos da Justiça sem disparar um único tiro. Sabemos que a segurança pública é hoje uma das maiores preocupações da população, e uma Polícia Municipal bem treinada, preparada e tecnológica é fundamental para garantir ainda mais segurança em São Paulo. Hoje é um dia triste para população da cidade, que clama por segurança.

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