Brasil

Justiça decreta falência de usina de Bumlai, preso na Lava Jato

A propriedade era de José Carlos Bumlai, condenado a nove anos de prisão na Lava Jato, por crime de gestão fraudulenta e corrupção passiva

Em recuperação judicial desde 2013, a usina São Fernando acumula dívidas de cerca de R$ 1,5 bilhão (Rodolfo Buhrer/Reuters)

Em recuperação judicial desde 2013, a usina São Fernando acumula dívidas de cerca de R$ 1,5 bilhão (Rodolfo Buhrer/Reuters)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 9 de junho de 2017 às 11h23.

A Justiça de Mato Grosso do Sul decretou a falência da usina São Fernando, que pertence à família do empresário José Carlos Bumlai, condenado a nove anos de prisão na Lava Jato, que investiga corrupção na Petrobras, por crime de gestão fraudulenta e corrupção passiva. Bumlai, que cumpre prisão domiciliar, é amigo próximo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Em recuperação judicial desde 2013, a usina São Fernando, com capacidade de moagem de 4 milhões de toneladas de cana, acumula dívidas de cerca de R$ 1,5 bilhão, sobretudo com bancos e fornecedores, de acordo com fontes de mercado.

A decisão de ontem foi proferida pelo juiz da 5ª Vara Cível do Tribunal de Dourados, Jonas Hass Silva.

O possível pedido de falência da usina São Fernando já era esperado. No dia 1º de junho, os credores da companhia não aprovaram o plano de reestruturação apresentado pela usina.

Procurada, a EXM Partners, consultoria que faz assessoria para a companhia, não quis comentar o assunto. Nenhum porta-voz da empresa foi encontrado pela reportagem até a conclusão desta edição.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Acompanhe tudo sobre:FalênciasLuiz Inácio Lula da SilvaOperação Lava Jato

Mais de Brasil

Recuperação da popularidade de Lula perde fôlego e reprovação chega a 40%, diz Datafolha

Itamaraty entrega a autoridades italianas pedido de extradição de Carla Zambelli

Moraes diz em julgamento no STF que redes sociais permitem ações 'criminosas' contra crianças

MP do governo prevê mudança em cargos da Receita Federal com custo de R$ 12,9 milhões por ano