PMs: promotoria alega que os acusados tinham intenção de matar e tentaram forjar provas para escapar da condenação (Marcelo Camargo/Agência Brasil)
Estadão Conteúdo
Publicado em 29 de outubro de 2016 às 09h15.
São Paulo - O Tribunal do Júri de São Paulo absolveu nesta sexta-feira, 28, os três policiais militares acusados de matar o publicitário Ricardo Prudente de Aquino, em julho de 2012. O crime aconteceu em Pinheiros, zona oeste da capital, e na época o trio alegou que atirou na vítima por confundir um celular que ele usava com uma arma.
Câmeras de segurança gravaram a perseguição ao carro e a perícia do Instituto Médico-Legal (IML) mostrou que o motorista estava embriagado.
Em outubro do ano seguinte, a Polícia Militar determinou a expulsão dos três acusados. O entendimento da corporação foi o de que os PMs erraram na abordagem. Nesta sexta, após quatro dias de julgamento, o Conselho de Sentença decidiu, por maioria de votos, absolver os réus da acusação de homicídio duplamente qualificado.
Um deles, porém, foi condenado por fraude processual. Nesse caso, o juiz Luis Gustavo Esteves Ferreira, da 5.ª Vara do Júri, fixou a pena de seis meses de detenção e 20 dias-multa no piso unitário mínimo legal, a ser cumprido em regime inicial aberto, substituindo a pena privativa de liberdade por pena restritiva de direitos - ou seja, prestação de serviços à comunidade.
A Promotoria defendeu no julgamento que os acusados tinham intenção de matar - e tentaram forjar provas para escapar da condenação. O Ministério Público vai recorrer da sentença.