Jair Bolsonaro: presidente foi esfaqueado durante campanha nas eleições quando ainda era candidato (Raysa Campos Leite/Reuters)
Reuters
Publicado em 5 de junho de 2019 às 19h46.
Última atualização em 5 de junho de 2019 às 19h49.
Brasília — A Justiça Federal de Minas Gerais intimou o presidente Jair Bolsonaro a prestar depoimento no processo sobre o atentado à faca que ele sofreu durante a campanha eleitoral do ano passado.
O juiz federal Bruno Savino, da 3ª Vara Federal de Juiz de Fora (MG), concedeu prazo até a sexta-feira para que ele se pronuncie por escrito --faculdade que o presidente tem em lei para se manifestar.
O magistrado, entretanto, ampliou o prazo para que Bolsonaro seja ouvido até a próxima segunda-feira, se ele tiver interesse em prestar depoimento perante à Justiça --podendo marcar dia, data e hora para fazê-lo.
Essa será a primeira vez que Bolsonaro se pronuncia oficialmente no processo. Ele já deu diversas declarações públicas sobre o caso, chegando a dizer que o autor do atentado, Adélio Bispo de Oliveira, não agiu sozinho.
No início da semana passada, Savino concluiu que o autor da facada no presidente tem uma doença mental e não poderá ser punido criminalmente com uma eventual pena de prisão.
Em nota oficial, a assessoria de imprensa da Justiça Federal mineira disse que o magistrado decidiu que Adélio é inimputável por ter uma doença mental. Segundo a nota, tanto os peritos oficiais nomeados pelo juiz da causa como os assistentes técnicos da defesa e do assistente de acusação, no caso os representantes legais de Bolsonaro, concluíram que ele tem Transtorno Delirante Persistente.
Mesmo tendo sido declarado inimputável, Adélio continuará a ser processado.