João de Deus: Ele nega as acusações e se diz inocente (Marcelo Camargo/Agência Brasil)
Agência Brasil
Publicado em 12 de dezembro de 2018 às 21h19.
Última atualização em 12 de dezembro de 2018 às 21h36.
Acusado de abuso sexual, o médium João de Deus corre o risco de ser preso. Após sua tentativa de continuar atendendo nesta quarta-feira (12), o Ministério Público de Goiás apresentou no final da tarde, segundo apurou a Agência Brasil, o pedido de prisão preventiva. Dois promotores responsáveis pela força-tarefa que investiga mais de 200 denúncias contra o médium estiveram no Fórum de Abadiânia. O pedido deve ser analisado pela comarca local.
O advogado de João de Deus, Alberto Toron, disse o seguinte à Agência Brasil: "A informação que nós temos é que efetivamente o MP fez um pedido à Justiça, mas nós não conhecemos o teor desse pedido. Sem conhecer, eu não tenho como me contrapor a ele. Vou para Abadiânia amanhã mesmo ver se eu consigo avaliar esse pedido."
Toron reafirmou ter comunicado oficialmente às autoridades que seu cliente segue à disposição da Justiça para quaisquer esclarecimentos.
João de Deus é suspeito de abuso sexual contra mulheres e também adolescentes. Ele nega as acusações e se diz inocente. O balanço mais recente do MP-GO é de 206 possíveis vítimas.
O médium goiano também disse nesta quarta-feira que está à disposição da Justiça brasileira. Ele esteve hoje por dez minutos na Casa Dom Inácio de Loyola, em Abadiânia (GO), onde realiza, há 42 anos, consultas e aconselhamentos espirituais, além das chamadas cirurgias espirituais. Ele chegou e saiu sob aplausos, afirmando estar sem condições de trabalhar. Circularam informações de que o religioso chegou a voar para São Paulo a fim de se aconselhar com Toron.
"Irmãos e minhas queridas irmãs, agradeço a Deus por estar aqui. Quero cumprir a lei brasileira. Estou nas mãos da Justiça. O João de Deus ainda está vivo", declarou o médium.