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Justiça dá a CRMs direito a informações do Mais Médicos

Conselhos haviam pedido para o ministério a relação dos profissionais, mas o pedido nunca havia sido atendido


	Profissionais estrangeiros do Mais Médicos durante o curso de preparação
 (Elza Fiuza/ABr)

Profissionais estrangeiros do Mais Médicos durante o curso de preparação (Elza Fiuza/ABr)

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Da Redação

Publicado em 28 de julho de 2014 às 21h13.

Brasília - Os Conselhos Regionais de Medicina (CRM) do Mato Grosso e o do Mato Grosso do Sul ganharam na Justiça o direito de ter o nome dos profissionais que fazem a tutoria e supervisão dos intercambistas do Mais Médicos.

Os conselhos haviam pedido para o ministério a relação dos profissionais, mas o pedido nunca havia sido atendido. O CFM afirma que outras regionais entraram com ações semelhantes.

O presidente do Conselho Federal de Medicina, Roberto d'Ávila, disse considerar essenciais essas informações para que regionais tenham condições de fazer a fiscalização das atividades.

"Recebemos números gerais, mas é preciso saber onde estão os supervisores e tutores, até mesmo para averiguar se eles estão próximos dos intercambistas", disse.

A decisão do Mato Grosso do Sul foi concedida pelo juiz federal Pedro Pereira dos Santos, da 4ª Vara de Campo Grande. No Mato Grosso, a decisão foi dada pelo juiz Ilan Presser.

"Acreditamos que essas duas medidas vão abrir caminhos para decisões semelhantes em outros Estados", afirmou.

D'Ávila disse que desde que o programa teve início, no ano passado, conselhos regionais pedem informações para o ministério. "A resposta, sempre padrão, era a de que a lei não obrigava a pasta a prestar tais esclarecimentos", disse.

"Sem tais informações, não podemos fazer a fiscalização adequada", explicou.

D'Ávila afirmou que dois Estados, a partir de agora, poderão se empenhar em avaliar quantos tutores e supervisores trabalham diretamente com médicos do programa federal, como é feito o acompanhamento e, sobretudo, a formação dos profissionais.

"O intercâmbio pressupõe aprendizado." Ele afirma que os conselhos não fazem fiscalizações de cursos voltados para médicos brasileiros.

"Mas eles têm perfil diferente. São vinculados a universidades, a centros de ensino. Já existe um sistema formado de aprendizado. No caso de residências, completou, tal fiscalização não é necessária, porque são médicos já formados.

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