Itamar Messias Silva dos Santos chega ao Fórum de Itapecerica da Serra, município da Grande São Paulo (Marcelo Camargo/ABr)
Da Redação
Publicado em 23 de novembro de 2012 às 05h42.
São Paulo – Mais um dos sete réus do processo da morte do prefeito de Santo André, Celso Daniel, ocorrido em janeiro de 2002, foi condenado hoje (22). Itamar Messias Silva dos Santos terá de cumprir pena de 20 anos de prisão em regime fechado por homicídio duplamente qualificado, mediante paga ou promessa de recompensa e utilização de recurso que dificultou a defesa da vítima.
O julgamento ocorreu no Fórum de Itapecerica da Serra, município da Grande São Paulo, durou oito horas e foi presidido pelo juiz Antonio Augusto Galvão de França Hristov. A sessão estava marcada para as 9h30, mas só foi aberta duas horas depois porque o advogado de defesa, Jacob Gonçalves Filho, chegou atrasado ao tribunal. O júri foi formado por quatro mulheres e três homens.
As digitais do réu foram encontradas no veículo usado no sequestro de Celso Daniel. Ele foi executado a tiros na Estrada das Cachoeiras, em Juquitiba (SP). O promotor de Justiça Márcio Augusto Friggi de Carvalho manteve a posição de que o crime foi encomendado. Investigações feitas pelo Ministério Público relacionam a morte do prefeito a um esquema de corrupção que atuava na área de transportes de Santo André.
Dos sete acusados, seis foram condenados. O último a ir a julgamento será o empresário Sérgio Gomes da Silva, o Sombra, acusado de ser o mandante do crime. Os advogados do empresário tentaram impedir o prosseguimento da ação penal no Supremo Tribunal Federal (STF), mas, segundo o Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, o julgamento deverá ser marcado para o próximo ano.
No último mês de agosto, embora tenha negado diante do júri a participação no crime, Elcyd Oliveira Brito, o John, foi condenado a 22 anos de prisão por homicídio duplamente qualificado. Também cumprem sentença: Marcos Bispo dos Santos, condenado a 18 anos de prisão em novembro de 2010; Ivan Rodrigues da Silva, a 24 anos de prisão; José Edison da Silva, a 20 anos; e Rodolfo Rodrigo dos Santos Oliveira Silva, a 18 anos. Os três últimos foram julgados em maio deste ano.
Celso Daniel foi executado com oito tiros em janeiro de 2002. Ele foi sequestrado logo depois de sair de um restaurante com o empresário e amigo Sérgio Gomes da Silva, o Sombra. O corpo de Celso Daniel foi encontrado dois dias depois na Estrada das Cachoeiras, em Juquitiba, cidade vizinha de Itapecerica da Serra.