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Justiça condena dois acusados pelo Massacre de Felisburgo

Justiça de Minas anunciou condenação do fazendeiro Adriano Chafik e do pistoleiro Washington Agostinho da Silva pela morte de cinco camponeses do MST em 2004

EXAME.com (EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 11 de outubro de 2013 às 10h19.

São Paulo - O Tribunal de Justiça de Minas Gerais anunciou na madrugada desta sexta-feira a condenação do fazendeiro Adriano Chafik e do pistoleiro Washington Agostinho da Silva pela morte de cinco camponeses do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) em 2004, um episódio que ficou conhecido como o "Massacre de Felisburgo".

O juiz Glauco Eduardo Soares Fernandes, do 2º Tribunal do Júri da capital, anunciou a condenação de 115 anos de prisão para Chafik e de 97 anos e meio para Agostinho da Silva. No entanto, os réus poderão recorrer em liberdade, já que o juiz concedeu esse direito ao considerar que ambos estão beneficiados por uma liminar do Superior Tribunal de Justiça (STJ).

Os outros dois acusados pelo massacre ocorrido em um assentamento do MST em novembro de 2004, Francisco de Assis Rodrigues de Oliveira e Milton Francisco de Souza, serão julgados no dia 23 de janeiro de 2014 no mesmo Fórum Lafayette, em Belo Horizonte.

Os quatro acusados e um quinto, Admilson Rodrigues Lima, que morreu durante o processo judicial, respondem por cinco assassinatos e 12 tentativas de homicídios, devido ao número de feridos durante o ataque armado.

O massacre ocorreu na fazenda Nova Alegria, no município de Felisburgo, que era ocupada por integrantes do MST. Durante o ataque, além das mortes registradas, uma escola e 27 tendas também foram incendiadas.

O ataque, segundo a Assessoria de Imprensa do Fórum Lafayette, ocorreu depois que Chafik perdeu na Justiça um pedido de reintegração de posse.

O julgamento de Chafik e da Silva tinha sido adiado em duas ocasiões anteriores, no dia 15 de maio e 21 de agosto.

O fazendeiro, que chegou a ser preso um ano, mas ganhou liberdade após uma medida judicial, alegou que seus empregados tiveram que disparar contra os camponeses em legítima defesa.

Por conta da expectativa em torno do julgamento, um grupo de integrantes do MST se reuniu nos arredores do Fórum Lafayette para acompanhar de perto a sessão do julgamento, que, por sinal, se estendeu por quase 15 horas.

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