A Operação Lava Jato investiga um esquema bilionário de corrupção na Petrobras (Tânia Rêgo/Agência Brasil)
Da Redação
Publicado em 15 de maio de 2015 às 19h59.
São Paulo - A Justiça determinou o bloqueio de 282,5 milhões de reais da construtora OAS no âmbito da operação Lava Jato, que investiga um esquema bilionário de corrupção na Petrobras, informou nesta sexta-feira o Ministério Público Federal, autor do pedido de bloqueio.
De acordo com o MPF, com esta decisão, o total de recursos bloqueados de empresas na Justiça no contexto da Lava Jato já se aproxima de 1 bilhão de reais, somando 980,5 milhões de reais.
O MP já conseguiu que a Justiça bloqueasse recursos da Engevix e da Jackson Empreendimentos (153,9 milhões de reais), da Galvão Engenharia (302,6 milhões de reais) e da Camargo Corrêa e Sanko Sider (241,5 milhões de reais).
"Em todos os casos, os montantes correspondem a 1 por cento do total dos contratos firmados entre as empresas e a estatal no período investigado, além de multa civil de três vezes o valor do acréscimo patrimonial indevido", disse o MPF em nota.
"Os réus das ações civis públicas de improbidade têm até 15 dias para apresentarem em juízo bens livres e desimpedidos passíveis de constrição judicial."
Na véspera, procuradores que atuam na força-tarefa da Lava Jato anunciaram as primeiras denúncias contra membros do núcleo político do esquema, que envolveu empreiteiras, funcionários da Petrobras, operadores, políticos e partidos.
Na ocasião, os procuradores fizeram um balanço da Lava Jato até aqui e afirmaram que o MPF já pediu à Justiça o equivalente a 6,7 bilhões de reais em reparações e que 2,5 bilhões de reais já foram devolvidos ou bloqueados.
Além disso, os procuradores estimaram em 6,2 bilhões de reais o montante de propinas pagas no esquema.