Brasil

Justiça bane Torcida Jovem do Flamengo de estádios por três anos

A suspensão é uma das maiores já aplicadas pela justiça carioca, mas ainda cabe recurso

Torcida Jovem do Flamengo: uma das maiores suspensões determinadas pela Justiça do Rio (Facebook/Torcida Jovem do Flamengo/Divulgação)

Torcida Jovem do Flamengo: uma das maiores suspensões determinadas pela Justiça do Rio (Facebook/Torcida Jovem do Flamengo/Divulgação)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 5 de abril de 2017 às 11h58.

Última atualização em 5 de abril de 2017 às 12h00.

São Paulo - A Justiça do Rio de Janeiro acatou o pedido do Ministério Público estadual e suspendeu a Torcida Jovem do Flamengo dos estádios por três anos.

A suspensão é uma das maiores já aplicadas pela justiça carioca, mas ainda cabe recurso. O descumprimento é passível de multa e aumento do tempo de punição.

A decisão foi assinada pelo juiz Guilherme Schilling, titular do Juizado Especial do Torcedor e Grandes Eventos, na última terça-feira.

Na prática, nenhum símbolo da organizada punida poderá ser exibido, assim como nenhum membro poderá estar presente nos estádios. O MP argumenta que o comportamento violento da torcida impede sua participação em qualquer evento esportivo em todo o País.

Na decisão, o juiz Schilling cita os confrontos que a Torcida Jovem Fla se envolveu nos últimos anos, como a briga que antecedeu o jogo Flamengo e Botafogo, no Engenhão, no dia 12 de fevereiro e que resultou na morte do botafoguense Diego Silva dos Santos.

O Brasil lidera o ranking de países com mais mortes relacionadas ao futebol. São dez por ano, em média. A morte de Diego foi a de número 177 em 17 anos.

Em nota, o Ministério Público, por meio da 2ª Promotoria de Justiça de Tutela Coletiva de Defesa do Consumidor e do Contribuinte da Capital, divulgou uma nota oficial para explicar o pedido de punição.

"O Ministério Público (MPRJ) ajuizou uma ação civil pública, com pedido de liminar, para impedir a entrada de integrantes da Torcida Jovem do Flamengo nos estádios. A ação pede o banimento de seus associados por três anos em partidas realizadas em todo o país. O banimento está previsto no artigo 39-A do Estatuto do Torcedor que estabelece uma série de penalidades e formas de responsabilizar as organizadas e seus dirigentes por atos violentos que coloquem em risco a segurança dos demais atores participantes e frequentadores do espetáculo esportivo. É evidente que a torcida descumpriu as normas na prática de atos de violência e de confusão", descreve a ação.

Acompanhe tudo sobre:FlamengoFutebol

Mais de Brasil

Banco Central comunica vazamento de dados de 150 chaves Pix cadastradas na Shopee

Poluição do ar em Brasília cresceu 350 vezes durante incêndio

Bruno Reis tem 63,3% e Geraldo Júnior, 10,7%, em Salvador, aponta pesquisa Futura

Em meio a concessões e de olho em receita, CPTM vai oferecer serviços para empresas