Brasil

Justiça autoriza deputado preso a exercer mandato durante o dia

O deputado peemedebista foi preso após ser condenado pelo STF pelos crimes de falsificação de documento público e dispensa de licitação

Celso Jacob: o deputado foi condenado por crimes cometidos quando ele era prefeito (PMDB / Nacional/Wikimedia Commons)

Celso Jacob: o deputado foi condenado por crimes cometidos quando ele era prefeito (PMDB / Nacional/Wikimedia Commons)

AB

Agência Brasil

Publicado em 27 de junho de 2017 às 17h40.

A Justiça de Brasília autorizou hoje (27) o deputado federal Celso Jacob (PMDB-RJ) a exercer o mandato na Câmara dos Deputados durante o dia e retornar ao presídio no período noturno.

Jacob foi preso após ser condenado definitivamente pelo Supremo Tribunal Federal (STF) a 7 anos e 2 meses em regime semiaberto pelos crimes de falsificação de documento público e dispensa de licitação.

O pedido de trabalho externo foi feito pelos advogados do parlamentar à Vara de Execuções Penais (VEP) do Distrito Federal, responsável pelo cumprimento da pena de Celso Jacob.

Pela decisão, o deputado deverá permanecer no presídio nos fins de semana, feriados e durante o recesso parlamentar.

Em maio, por unanimidade, a Segunda Turma do STF negou o último recurso apresentado pela defesa do parlamentar, decretou o fim do processo e, consequentemente, a execução da pena.

Em junho do ano passado, Jacob foi condenado pelo Supremo por crimes cometidos quando ele era prefeito de Três Rios (RJ).

De acordo com a denúncia, Jacob favoreceu uma construtora ao decretar estado de emergência no município.

Após o julgamento, procurado pela Agência Brasil, Celso Jacob informou que não houve dano ao erário.

O deputado disse que foi orientado erroneamente por um setor da prefeitura, que não informou que a empresa chamada para concluir uma creche não estava habilitada para tocar a obra em função de documentação vencida.

A empresa que venceu a licitação abandonou a obra. Os fatos ocorreram em 2003.

Acompanhe tudo sobre:Câmara dos Deputadoscrime-no-brasilJustiçaPolíticos brasileirosSupremo Tribunal Federal (STF)

Mais de Brasil

Bolsonaro nega participação em trama golpista e admite possibilidade de ser preso a qualquer momento

Haddad: pacote de medidas de corte de gastos está pronto e será divulgado nesta semana

Dino determina que cemitérios cobrem valores anteriores à privatização

STF forma maioria para permitir símbolos religiosos em prédios públicos