Escolas: a volta às aulas ocorre em meio à segunda onda da pandemia de covid-19 no Brasil (Amanda Perobelli/Reuters)
Fabiane Stefano
Publicado em 29 de janeiro de 2021 às 17h01.
Última atualização em 29 de janeiro de 2021 às 17h47.
Acatando um pedido do governo paulista, o Tribunal de Justiça de São Paulo derrubou, na tarde desta sexta-feira, 29, uma liminar que suspendia o retorno das aulas presenciais em todo o estado, tanto na rede privada quanto na rede pública de ensino.
Na prática, a decisão libera o funcionamento das escolas mesmo nas fases mais restritivas da quarentena no estado. Hoje, seis regiões estão na fase vermelha, que permite apenas atividades essenciais, e outras 11 estão na laranja, um pouco mais flexível. À noite e aos finais de semana, todo o estado fica na fase vermelha.
A liminar derrubada, que suspendia o retorno presencial às escolas programado pelo governo Doria, foi pedida pelo Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp). Ao concedê-la, a juíza Simone Gomes, da 9ª Vara da Fazenda Pública, baseou sua decisão "na proteção do direito à vida".
O presidente do Tribunal de Justiça, Geraldo Francisco Pinheiro Franco, derrubou a liminar afirmando que as famílias dos alunos devem decidir sobre mandar ou não seus filhos para a escola.
Com a nova decisão, fica mantido o plano do governo estadual de retomar as aulas presenciais no rede pública do estado no dia 8 de fevereiro. O retorno estava previsto inicialmente para o dia 1º, mas foi adiado. Ao anunciar o adiamento, o governador João Doria também determinou que, nas regiões nas fases vermelha e laranja, o retorno presencial não será obrigatório. Na rede particular de ensino, as escolas podem retomar as aulas presenciais já no dia 1º.