Brasil

Justiça adia novamente depoimentos de Cunha e Funaro

Os sucessivos adiamentos têm como pano de fundo o compartilhamento da delação de Funaro, que ainda não chegou à Justiça Federal

Lucio Funaro: ainda não há data marcada para os novos depoimentos (Alexandre Schneider/VEJA)

Lucio Funaro: ainda não há data marcada para os novos depoimentos (Alexandre Schneider/VEJA)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 9 de outubro de 2017 às 19h39.

Brasília - O juiz Vallisney de Souza Oliveira, da 10ª Vara Federal em Brasília, adiou mais uma vez os interrogatórios do ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha (PMDB) e do corretor Lúcio Funaro na ação que investiga desvios na Caixa Econômica Federal. Eles iriam prestar depoimento nesta terça-feira, 10, com continuidade na quarta-feira, 11.

Ainda não há data marcada para os novos depoimentos, que devem ficar para a próxima semana. Os sucessivos adiamentos têm como pano de fundo o compartilhamento da delação de Funaro, que ainda não chegou à Justiça Federal.

O acordo de delação do corretor foi celebrado pela Procuradoria-Geral da República (PGR) e homologado pelo Supremo Tribunal Federal (STF).

Decisão liminar do Superior Tribunal de Justiça (STJ) determinou que as defesas devem ter aceso formal à íntegra da delação para a realização das sessões.

O pedido foi feito pelos advogados do ex-ministro Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), também alvo do processo.

Os advogados alegaram risco de "cerceamento do direito de defesa". Henrique Alves também prestaria depoimento na ação nesta semana.

Até a tarde desta segunda-feira, 9, os documentos da delação de Funaro não haviam chegado à 10ª Vara. Quando o material chegar, a Justiça Federal ainda precisará abrir prazo para a defesa ter acesso aos documentos.

Em seus depoimentos, o corretor trouxe novas informações sobre os desvios no banco público, investigados na Operação Sépsis - conduzida pela 10ª Vara da Justiça Federal.

Cunha foi transferido de Curitiba para Brasília para seu interrogatório, mas diante do novo adiamento o juiz deve decidir o que fazer com a situação do ex-deputado.

Ele pode ter o prazo de permanência prorrogado ou voltar a Curitiba, onde está preso, e prestar o depoimento por videoconferência.

Acompanhe tudo sobre:CaixaEduardo CunhaJustiçaOperação Lava Jato

Mais de Brasil

Bolsonaro nega participação em trama golpista e admite possibilidade de ser preso a qualquer momento

Haddad: pacote de medidas de corte de gastos está pronto e será divulgado nesta semana

Dino determina que cemitérios cobrem valores anteriores à privatização

STF forma maioria para permitir símbolos religiosos em prédios públicos