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Justiça adia depoimentos de delatores da JBS sobre BNDES

Antes do episódio das delações, os irmãos Joesley e Wesley Batista haviam sido intimados a prestar esclarecimentos sobre supostos favorecimentos do BNDES

JBS: o suposto favorecimento ao grupo JBS envolveu cerca de R$ 8,1 bilhões (Ueslei Marcelino/Reuters)

JBS: o suposto favorecimento ao grupo JBS envolveu cerca de R$ 8,1 bilhões (Ueslei Marcelino/Reuters)

AB

Agência Brasil

Publicado em 22 de maio de 2017 às 15h01.

A Justiça Federal decidiu suspender os depoimentos que três executivos da empresa JBS deveriam prestar hoje (22) no processo sobre a Operação Bullish, deflagrada há duas semanas pela Polícia Federal.

Antes da crise política causada pela divulgação de delações envolvendo a empresa, os irmãos Joesley e Wesley Batista, donos da empresa, e o executivo Ricardo Saud, foram intimados a prestar esclarecimentos sobre supostos favorecimentos que a JBS teria recebido no Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

No pedido de adiamento, a defesa dos três pediu também que a Justiça devolva os passaportes dos delatores. O juiz, no entanto, enviou o processo ao Ministério Público Federal (MPF) antes de proferir uma decisão.

Após prestarem os depoimentos de delação premiada, os empresários viajaram para os Estados Unidos, com autorização do Supremo Tribunal Federal (STF), após terem recebido ameaças de morte, segundo as investigações.

Deflagrada no dia 12 de maio, Operação Bullish cumpriu 37 mandados de condução coercitiva - 30 no Rio de Janeiro e sete em São Paulo - e 20 mandados de busca e apreensão - 14 no Rio e seis em São Paulo.

De acordo com investigações da PF em conjunto com o MPF no Distrito Federal, o suposto favorecimento ao grupo JBS envolveu cerca de R$ 8,1 bilhões, considerando todas as operações realizadas.

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