Tribunal: eles são acusados de ocultar e destruir parte do cadáver (Oxford/Getty Images)
Da Redação
Publicado em 25 de julho de 2014 às 18h48.
São Paulo - A Justiça de São Paulo aceitou a denúncia feita pelo Ministério Público Estadual contra o publicitário Eduardo Tadeu Pinto Martins e a advogada Ieda Cristina Cardoso da Silva, acusados de matar o zelador Jezi Lopes de Souza, no dia 30 de junho, e ocultar e destruir parte do cadáver.
A decisão foi proferida nesta semana pelo juiz Rodrigo Tellini de Aguirre Camargo, que determinou a prisão preventiva de Ieda e a remoção da ré, que está presa temporariamente no Rio de Janeiro, para São Paulo. O pedido de prisão preventiva do publicitário ocorreu no dia 17.
O caso
Martins e sua mulher foram presos sob a acusação de assassinar o zelador do prédio onde moram, na Rua Zanzibar, na Casa Verde, zona norte de São Paulo.
O corpo, esquartejado e com sinais de queimadura, foi encontrado em 2 de julho, na casa do pai do publicitário na Praia Grande, no litoral paulista. O corpo de Souza foi esquartejado e estava sendo queimado em um latão ao lado de uma churrasqueira, no momento do flagrante.
Martins admitiu o crime, mas afirmou que a morte foi acidental - o zelador teria batido a cabeça no batente da porta após uma luta corporal com ele.
Os dois já se desentendiam há algum tempo por questões do condomínio, como o uso de uma vaga na garagem. O estopim da discussão teria sido a acusação de Martins ao zelador Souza, que estaria roubando suas correspondências e jornais.
Em vídeo gravado pela Polícia Civil, o publicitário nega a participação de Ieda no crime. Imagens da Polícia Civil mostram que uma arma foi encontrada na casa do pai do publicitário em Praia Grande, mas não há confirmação se existe relação dela com o crime.
No vídeo, o publicitário afirma que levou o corpo para o litoral sozinho e que só depois encontrou Ieda em São Paulo. Imagens da câmeras do condomínio mostram que ela o ajudou a levar a mala até o veículo Logan, antes da ida de Martins à Praia Grande.