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Justiça abre ação penal contra Agnello, Arruda e ex-assessor de Temer

Ex-governadores José Roberto Arruda e Agnelo Queiroz e ex-assessor Nelson Tadeu Filippelli responderão por desvios nas obras do estádio Mané Garrincha

Estádio Nacional: reconstrução do antigo Mané Garrincha foi estimada em R$ 690 milhões, mas acabou custando cerca de R$ 1,5 bilhão (Marcello Casal Jr/Agência Brasil)

Estádio Nacional: reconstrução do antigo Mané Garrincha foi estimada em R$ 690 milhões, mas acabou custando cerca de R$ 1,5 bilhão (Marcello Casal Jr/Agência Brasil)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 25 de abril de 2018 às 22h03.

O ex-assessor do presidente Michel Temer Nelson Tadeu Filippelli, os ex-governadores do Distrito Federal, José Roberto Arruda (PR) e Agnelo Queiroz (PT), e outros alvos da Operação Panatenaico, que mira desvios das obras do Mané Garrincha estão no banco dos réus, por decisão da juíza da 12ª Vara Federal de Brasília Pollyanna Kelly Maciel Medeiros Martins Alves.

As investigações sobre os acusados foram separadas e, por isso, em três decisões diferentes, a magistrada recebeu as denúncias.

A reconstrução do antigo Mané Garrincha foi estimada inicialmente em R$ 690 milhões, mas acabou custando cerca de R$ 1,5 bilhão, o que fez com que o estádio se tornasse o mais caro entre os 12 que receberam os jogos da Copa do Mundo de 2014. O Ministério Público Federal afirma que o dinheiro saiu dos cofres da Terracap, empresa pública do Governo do Distrito Federal, cujo capital é formado da seguinte forma: 51% do GDF e 49% da União.

"Estão presentes as condições da ação. Verifico que a denúncia atende aos requisitos contidos no artigo 41 do Código de Processo Penal, descreve de modo claro e objetivo os fatos imputados aos denunciados, não se tratando de hipótese de indeferimento liminar da denúncia", anotou a juíza.

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