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Justiça abre ação contra Haddad por caixa 2 de R$ 2,6 milhões

A promotoria imputa a ex-prefeito de São Paulo falsidade ideológica, conteúdo falso, na prestação de contas de 2012

Fernando Haddad: petista foi alvo da Operação Cifra Oculta, que mirou pagamentos da UTC Engenharia para sua candidatura (Fábio Teixeira/Site Exame)

Fernando Haddad: petista foi alvo da Operação Cifra Oculta, que mirou pagamentos da UTC Engenharia para sua candidatura (Fábio Teixeira/Site Exame)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 8 de junho de 2018 às 20h50.

São Paulo - A Justiça Eleitoral abriu ação contra o ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad (PT) por suposto caixa dois de R$ 2,6 milhões na eleição de 2012. O petista foi alvo da Operação Cifra Oculta, que mirou pagamentos da UTC Engenharia para sua candidatura.

A acusação formal atribui ao petista caixa dois na campanha que o elegeu. A Promotoria acusa outros quatro na mesma denúncia: o ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto, Francisco Macena, responsável pela contabilidade da campanha, e os empresários e donos das gráficas Francisco Carlos de Souza e Ronaldo Cândido.

A denúncia foi entregue à 1.ª Zona Eleitoral, por violação ao artigo 350 do Código Eleitoral - sanção de até cinco anos de reclusão. A promotoria imputa a Haddad falsidade ideológica, conteúdo falso, na prestação de contas de 2012.

"Haddad omitiu informações, bem como inseriu dados inexatos, que não correspondem à realidade", afirma a promotoria.

Defesa

O ex-prefeito Fernando Haddad, por meio de sua assessoria, informa que "o juiz Francisco Schintate, da 1.ª zona eleitoral confirmou que a denúncia apresentada pelo promotor Luiz Henrique Dal Poz apenas cumpriu as formalidades legais."

"O juiz marcou uma audiência de conciliação para o dia 15 de julho. Depois disso, ele definirá o prazo para apresentação da defesa. Antes disso, não há como o ex-prefeito ser considerado réu."

Sobre a denúncia do promotor, Fernando Haddad afirma "que sua defesa vai questionar a delação do empreiteiro Ricardo Pessoa, da UTC, dado que, em fevereiro de 2013, a prefeitura, sob gestão de Haddad, suspendeu a obra do túnel da avenida Roberto Marinho, em São Paulo, contrariando interesses do empreiteiro."

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