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Da Redação
Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h42.
Brasília - A emissão de títulos prefixados, que têm os juros definidos com antecedência, e o reconhecimento de juros fizeram a dívida pública subir em agosto. Segundo números divulgados há pouco pelo Tesouro Nacional, a Dívida Pública Federal (DPF) aumentou R$ 17 bilhões no mês passado, passando de R$ 1,601 trilhão para R$ 1,618 trilhão. Em termos percentuais, a alta foi de 1,04%.
A dívida pública mobiliária (em títulos) federal interna subiu 1,03%, passando de R$ 1,509 trilhão para R$ 1,524 trilhão. A alta ocorreu porque o Tesouro emitiu, em agosto, R$ 2,36 bilhões em títulos a mais do que resgatou. O aumento final, no entanto, foi ainda maior por causa do reconhecimento de R$ 13,13 bilhões em juros.
A dívida pública federal externa também subiu no último mês, encerrando agosto em R$ 93,5 bilhões, contra R$ 92,26 bilhões em julho. A alta ocorreu apesar da estabilidade do dólar, que caiu apenas 0,07% em agosto.
A emissão líquida de R$ 29,5 bilhões de papéis prefixados fez a parcela desses títulos na dívida mobiliária interna subir de 34,13% em julho para 36,05% em agosto. Por terem os juros definidos no momento da emissão, esses tipos de títulos são preferíveis para o Tesouro, porque facilitam a administração da dívida pública.
A participação dos títulos corrigidos pela taxa Selic na dívida mobiliária interna ficou praticamente estável, passando de 34,24% para 34,34%. O vencimento de títulos corrigidos por índices de preços em agosto fez a fatia desses papéis cair de 29,91% para 27,98%. A parcela da dívida interna vinculada ao câmbio ficou praticamente estável, em 0,65%.
O prazo médio da DPF também não mudou e permaneceu em 3,59 anos em agosto. Prazos mais longos são preferíveis porque esse é o tempo que o governo leva para renovar completamente a dívida pública. Desde o ano passado, o Tesouro divulga o prazo apenas em anos, não em meses. A parcela dos títulos que vencem em 12 meses caiu de 28,22% para 26,37%.
Por meio da dívida pública, o governo pega empréstimos dos investidores para honrar os compromissos. Em troca, o Tesouro compromete-se a devolver o dinheiro com correção, que pode ser prefixada, ou seja, definida com antecedência, ou seguir a Selic, índices de preços ou o câmbio.
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