O Procon destaca o aumento do crédito e a baixa inadimplência, mas recomenda cuidado (Roberto Setton/EXAME)
Da Redação
Publicado em 22 de outubro de 2010 às 10h14.
Brasília - A taxa média de juros do cheque especial apresentou uma leve alta em outubro e chegou a 9,11%, acréscimo de 0,01 ponto percentual na comparação com setembro (9,10%), segundo pesquisa do Procon-SP. A taxa média do empréstimo pessoal manteve-se estável, em 5,35% ao mês, sem alteração ante o mês anterior.
Apenas um banco aumentou sua taxa do cheque especial passando de 9,51% para 9,55%, aumento de 0,04 ponto percentual, representando uma variação de 0,42% em relação à taxa de setembro.
O levantamento feito pelo Procon-SP, no dia 15 de outubro, analisou as taxas cobradas pelo Banco do Brasil, Bradesco, Caixa Econômica Federal, HSBC, Itaú, Safra e Santander. De acordo com nota divulgada hoje (22) pelo órgão de defesa do consumidor, apesar de alguns analistas reconhecerem que a inflação segue pressionada e que a atividade econômica continua aquecida, uma alta dos juros nesse momento impulsionaria ainda mais a valorização do real ante o dólar, movimento que o governo vem tentando combater.
“De qualquer forma, para o consumidor final as taxas continuam altas e a contratação de empréstimos continua sendo uma operação arriscada, se não for bem planejada. Estamos assistindo a uma expansão do crédito e a uma inadimplência controlada, no entanto, a parcela da renda do consumidor destinada ao pagamento de juros vem aumentando consideravelmente, fruto de financiamentos cada vez mais longos. A cautela deve ser maior ainda na utilização do rotativo do cartão de crédito”, informa a nota do Procon-SP.